Ácido cianídrico potencial em variedades de sorgo (Sorghum vulgare Pers.) cultivadas em São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1968
Autor(a) principal: Roston, Adibe Jorge
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-20240301-153234/
Resumo: A execução, pelo Departamento da Produção Animal da Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo, do plano de “Fazendas Piloto” difundiu a cultura do sorgo forrageiro Santa Elisa 38, para produção de silagem. A baixa qualidade da silagem obtida e a boa aceitação do sorgo verde, tornou generalizada a prática de arraçoamento do gado bovino com a forragem verde. A ausência de casos comprovados de intoxicações levou técnicos e criadores a considerarem a variedade Santa Elisa 38, de baixo teor tóxico. Devido ao longo ciclo vegetativo dessa variedade e a má qualidade da silagem que produz, a tendência é substituí-la por outra variedade forrageira de ciclo mais curto (Sart) ou por uma variedade granífera (Redbine 66). Essa substituição, persistindo as práticas atuais de arraçoamento, poderia provocar casos fatais em bovinos, se as características quanto a toxicidade dessas novas variedades fossem diferentes. A cultura normal do sorgo no Estado de São Paulo não inclui a adubação nitrogenada. Entretanto com a vagarosa, mas crescente melhoria técnica da produção de alimentos para bovinos, nas fazendas, a utilização de adubos nitrogenados será imprescindível, em certas áreas, na cultura do sorgo. Êste experimento teve por finalidade determinar os teores de ácido cianídrico potencial, das variedades de sorgo, Santa Elisa 38, Sart e Redbine 66, nas fases de desenvolvimento vegetativo em que poderiam ser fornecidos verdes aos animais. Também visou-se verificar os efeitos da adubação nitrogenada sôbre os teores tóxicos dessas variedades. O delineamento programado foi o de blocos ao acaso com 3 repetições e esquema fatorial 3 x 2 onde os fatôres foram variedades e níveis de adubação. Experimentos auxiliares foram realizados para obter informações sobre alguns aspectos da técnica de determinação de ácido cianídrico, a partir de fôlhas verdes de sorgo. Considerou-se o desprendimento de ácido cianídrico durante a maceração, o tempo de maceração e os tipos de vedação dos frascos, com os macerados. Utilizando processo analítico de titulação alcalina, segundo a A.O.A.C., com modificações, obtiveram-se dados que permitem afirmar que as variedades forrageiras podem causar intoxicações nos animais e que há efeito positivo de adubação nitrogenada em cobertura, nas 3 variedades. Foi possível evidenciar característica da variedade Santa Elisa 38 que explica a ausência de casos fatais em ruminantes, pela ingestão dêsse sorgo verde. São discutidos os resultados da influência de variedade, adubação e interação variedade x adubação, que conduzem a informações de caráter prático. A não produção de grãos, nas 3 variedades, impossibilitou a determinação de HCN potencial nos estágios de grãos leitosos e duros, como estava programado. Êsse fato, entretanto possibilitou ao autor constatar, pela primeira vez no Brasil, a incidência de Contarinia sorghicola Coq. praga limitante da produção de grãos em sorgo.