Do termalismo português ao turismo de saúde e bem-estar das estâncias hidrominerais paulistas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Pereira, Tatiana Heidorn Alvarez de Aquino
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/91/91131/tde-04042024-104721/
Resumo: Esta tese buscou estabelecer parâmetros de semelhanças e diferenças entre as práticas termais em Portugal continental e as práticas realizadas no Brasil, cuja tradição do setor é bem mais recente. A sua fase mais significativa ocorreu no século XX, com os estudos de Crenoterapia nas Universidades Federais do Rio de Janeiro e Belo Horizonte, quando o Turismo Termal estava associado aos hotéis cassinos, até a década de 1940, momento em que a prática de jogos ainda era legalizada no Brasil. Sabendo que Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo são os estados onde a atividade destacou-se nessa fase áurea do Termalismo, escolhemos o estado de São Paulo, que em consonância com a Lei nº 5.091/1986 criou 13 Estâncias Hidrominerais, cujas águas minero medicinais podem beneficiar a saúde. Dessa maneira, a pesquisa apresenta dados sobre o Termalismo de Portugal e as práticas termais nos balneários paulistas, explanando também sobre o tema do Termalismo no Brasil e os seus potenciais para o Termalismo Social. Foi considerado o fato de as estâncias paulistas apresentarem uma diversificação turística, assim como a tendência global do crescimento e investimento no Turismo de Saúde e Bem-Estar. A pesquisa visou apontar como a prática do Termalismo Social, já implementada em alguns países da Europa, a exemplo de Portugal, pode revitalizar o Turismo de Saúde e Bem-Estar, e baixar custos com previdência e saúde. O Termalismo Social no Brasil, previsto em lei pela Portaria 971/2006 criou a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde (SUS), que podem ajudar na prevenção de várias doenças. A pesquisa utiliza uma abordagem multidisciplinar, de metodologia descritiva exploratória, com a finalidade de trazer dados qualitativos, que poderão ser utilizados para análises mais amplas. A investigação traz dados históricos e atualidades, bem como o levantamento de legislações portuguesa, brasileira e paulista sobre os recursos minerais hídricos e as práticas termais que podem auxiliar no desenvolvimento de políticas públicas. Concluímos que embora a grande maioria das Estâncias Hidrominerais de São Paulo não oferte o Termalismo Social e as PICS pelo SUS está ocorrendo um resgate dos espaços termais paulistas, voltados principalmente ao Turismo de Bem-Estar, mesmo que esse não seja o principal foco turístico. O Brasil de fato tem um grande potencial hídrico e termal subaproveitado. Compreendemos também que as termas portuguesas têm realizado arranjos produtivos locais com a finalidade de desenvolver esses espaços termais, incrementando o turismo e dinamizando as economias locais.