Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Mendes, Tássia Nogueira Eid |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59142/tde-27082018-152031/
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Resumo: |
A diferença suscita curiosidade, para dizer o mínimo. Desde a formalização do conhecimento universitário, a sistematização da investigação do humano veio acompanhada de um pertinente inconveniente: trata-se da alteridade entre homens, entre homens e mulheres, entre adultos e crianças, entre civilizados e primitivos, entre os homens e os animais. O endereçamento dessa diferença se deu por diversos ângulos. Escolheu-se ignorá-la, achatá-la, excluí-la e até mesmo demonizá-la. O presente estudo se endereça a esse tema e se dispõe a investigar como antropologia e psicanálise lidaram com o estudo da alteridade. O objetivo do presente trabalho foi o de comparar o movimento psicanalítico e antropológico no seu uso do ontológico como operador para manejar a questão da investigação da alteridade no fazer etnográfico. A justificativa se deu pela ideia, cunhada por George Devereux, de que antropologia e psicanálise, por sua não-redutibilidade uma a outra, aparelham a etnopsicanálise de maneira complementar. Entretando, à diferença da proposta de Devereux, esse texto se guia não pelo desígnio de esquarinhamento de uma cientificidade para o método etnopsicanalítico. Tratou-se, antes, de mostrar como as duas disciplinas manejam a alteridade sem recair no problema do realismo naturalista e da crise da representação dos pós-modernos. Para tanto, escolhemos como recorte o par ontologia-alteridade, que tem aparecido com frequência no contexto acadêmico psicanalítico e antropológico. O método escolhido foi o da leitura psicanalítica. Os resultados são compostos pela análise de quatro etnografias da virada ontológica. Do lado psicanalítico os conceitos de Lacan sobre escuta psicanalítica e o ser sujeito foram analisados. Na discussão mostramos a relação tímida, porém importante, que pode ser traçada entre os métodos etnográficos e o método de escuta psicanalítica. |