Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Alcantara, Suzana de Fátima |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41132/tde-24112010-093628/
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Resumo: |
As angiospermas são um dos grupos mais diversos de organismos, e grande parte dessa diversidade deve-se às muitas formas florais existentes. Devido a isso, determinar os padrões de variação floral e os fatores históricos e ecológicos que levaram à evolução desta alta diversidade floral é essencial para entender os processos que dirigem a diversificação das angiospermas. A tribo Bignonieae (Bignoniaceae) representa um excelente modelo para o estudo de diversificação floral na região Neotropical, por ser o clado mais diverso de lianas neotropicais e apresentar uma altíssima diversidade floral. Nesta tese, utilizei a tribo Bignonieae para caracterizar: (i) o padrão de evolução de caracteres florais discretos e morfologias florais, assim como possíveis associações entre as morfologias florais e grupos de polinizadores, (ii) o sinal filogenético e as taxas de evolução de caracteres florais contínuos, (iii) o padrão e a magnitude de integração fenotípica entre caracteres florais contínuos ao longo da filogenia do grupo e (iv) a influência da filogenia, da morfologia floral e de fatores abióticos para a co-ocorrência de espécies e a estrutura de comunidades de Bignonieae. Os resultados indicam grande labilidade na evolução de caracteres discretos e morfologias florais, contrapondo o sinal filogenético encontrado para os 16 caracteres contínuos avaliados. O sinal filogenético, entretanto, difere entre caracteres de cálice-corola e estame-estigma. As taxas de evolução também variam entre caracteres, indicando a ação de diferentes pressões seletivas ou resposta diferencial à seleção em diferentes partes da flor. Os padrões de integração fenotípica se mantêm constantes ao longo da história evolutiva de Bignonieae, apesar da evolução homoplástica da magnitude das correlações entre caracteres. Essa aparente complexidade evolutiva, sugerida pela presença de padrões diferentes em diferentes tipos de caracteres, não se repete na estrutura ecológica das comunidades, já que nem a morfologia floral e nem a filogenia influenciam a co-ocorrência entre espécies. Por outro lado, há evidente especialização das espécies a fatores abióticos, sugerindo um papel crítico de filtro ambiental na estrutura das comunidades de Bignonieae. Esse resultado contraria a hipótese de que saturação causada por competição por polinizadores seria o fator determinante da estrutura interna de comunidades de Bignonieae. |