Fisiologia reprodutiva de Nezara viridula (Linnaeus, 1758) (Hemiptera: Pentatomidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Fortes, Priscila
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-20042010-110715/
Resumo: O objetivo geral desta pesquisa foi avaliar a fisiologia reprodutiva de Nezara viridula (L, 1758) (Hemiptera: Pentatomidae) e os fatores que influenciam o seu processo reprodutivo, como a frequência de cópula, a associação a bactérias simbiontes e a utilização de recursos nutricionais. Análises da composição bioquímica da hemolinfa durante o processo de maturação reprodutiva das fêmeas indicaram que a concentração de proteína total aumentou gradativamente durante o período de maturação dos ovários, sendo que as proteínas ligadas ao desenvolvimento de oócitos, as vitelogeninas, tornaram-se disponíveis na hemolinfa a partir do décimo dia de idade, período que corresponde à fase de pré-cópula. O desenvolvimento e a maturação de oócitos ocorreram de forma gradativa em função do aumento das proteínas disponíveis na hemolinfa das fêmeas. A cópula não foi essencial para o desenvolvimento dos ovários, indicando a inexistência de estímulos fisiológicos associados à distensão da espermateca ou à transferência de moléculas associadas ao fluído seminal de machos. Entretanto, a freqüência com que as fêmeas copularam afetou a capacidade reprodutiva de N. viridula, sendo as fêmeas que copularam por duas vezes as mais fecundas em relação àquelas que copularam múltiplas vezes. Este fato também indica a existência de custos fisiológicos associados à cópula para fêmeas, sendo ainda evidente a inexistência de relação positiva entre os possíveis benefícios da transferência de nutrientes pelo macho a fêmea e o número de cópulas realizadas. Análises relacionadas à utilização de recursos nutricionais indicaram que o desenvolvimento do ovário de N. viridula é basicamente dependente de nutrientes adquiridos na fase adulta, sendo que a fecundidade de fêmeas oriundas de ninfas criadas em dieta de valor nutricional reduzido, foi recuperada quando adultos foram alimentados em dieta de valor nutricional adequado. Foi verificado ainda uma rica diversidade de bactérias associadas ao aparelho reprodutor masculino de N. viridula, com predominância da Enterobacteriaceae Klebsiella sp, a qual foi anteriormente relatada associada ao intestino de N. viridula. Fêmeas copuladas com machos infectados ou não por estas bactérias não apresentaram qualquer efeito em sua capacidade reprodutiva.