Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Vasquez, Gislayne Cristina Figueiredo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59137/tde-21092011-155316/
|
Resumo: |
A questão agrária acompanha a história do país, marca a base da organização da sociedade brasileira e permanece distante de ser resolvida. Tendo como pano de fundo essa questão, vários movimentos sociais surgiram ao longo da história, inclusive aquele que é considerado hoje o mais importante e vigoroso movimento social que luta pela transformação da sociedade: o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST). Neste trabalho, pretendemos observar as relações que se estabelecem dentro do movimento social, em sua atuação concreta em um assentamento de reforma agrária, analisando os aspectos que contribuem e os que atrapalham o desenvolvimento de práticas emancipatórias e a construção de uma nova sociedade, utilizando para isso a psicologia social de T.W. Adorno. Como metodologia de pesquisa, optamos por uma abordagem qualitativa, um estudo de caso. Os dados indicam que frente à totalidade reinante nesta sociedade, o MST se constitui em uma possibilidade de que os indivíduos tenham uma experiência (Erfahrung), ou seja, que se coloquem de uma maneira reflexiva frente ao mundo administrado, que tenham uma possibilidade de desenvolvimento do pensamento não tutelado e questionador, ao mesmo tempo em que criam um conteúdo coletivo e um significado partilhado para suas ações. Por outro lado, com a entrada da lógica da mercadoria e do princípio do equivalente no assentamento, a vivência (Erlebnis) tende a tomar o lugar da experiência (Erfahrung), e os indivíduos tendem a voltar a se adaptar ao mundo administrado, o que causa uma série de rompimentos e desencontros. Isso, somado ao ingresso dos agentes estatais no assentamento, faz com que o MST passe a ter dificuldade de manter sua influência junto aos assentados, o que pode levá-lo a assumir uma postura que incentiva a adesão não refletida aos seus princípios e, portanto, remete ao pensamento em bloco, à mentalidade do ticket. Finalizamos salientando que para o MST continuar contribuindo para a emancipação dos sujeitos no assentamento, deve atentar para a importância da autodeterminação e da liberdade dos indivíduos, problematizando o já dado, explicitando as contradições e fomentando a construção de espaços coletivos que contribuam com o esclarecimento, com a autonomia. |