Avaliação da medida do colesterol total na determinação do risco lipídico para doença arterial coronária

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1996
Autor(a) principal: Bertolami, Marcelo Chiara
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6135/tde-08032018-102537/
Resumo: Foram estudadas, quanto ao perfil lipídico, duas populações, compreendendo indivíduos acima dos 20 anos de idade: -trabalhadores da Termomecânica, indústria metalúrgica de São Bernardo do Campo: 1.616 do sexo masculino e 230 do sexo feminino; -pacientes atendidos no ambulatório do Hospital das Clínicas da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP): 664 do sexo feminino e 317 do sexo masculino. Os objetivos foram: I. Avaliar se a determinação isolada da colesterolemia total, sem considerar a dos triglicérides e a do HDL-colesterol e o cálculo do LDL-colesterol pela fórmula de Friedewald, para rastreamento populacional ou para decisão de tratamento, implica importante porcentagem de aparecimento de casos classificados inadequadamente, considerando o LDL-colesterol como \"padrão ouro\". 2. Analisar se a determinação da trigliceridemia associada à da colesterolemia total, além de mostrar os casos que apresentam hipertrigliceridemia isolada, auxilia a melhor identificação dos casos quanto ao LDL-colesterol. 3. Avaliar, com base na determinação isolada da colesterolemia total, qual a chance de os pacientes, por não lerem seu HDL-colesterol dosado, estar em maior risco lipídico para doença ateroselerótica por apresentar essa fração do colesterol abaixo do desejável. As conclusões foram: I. A dosagem isolada do colesterol total pode levar a chance importante de classificar enganosamente um paciente (em relação ao LDL-colesterol calculado). Para o rastreamento, os falsos negativos variaram de 9 por cento a 24 por cento e os falsos positivos, de 10 por cento a 24 por cento. Para a situação de decisão de tratamento, a variação dos falsos negativos foi de 14 por cento a 25 por cento, enquanto a dos falsos positivos foi de 1 por cento a 9 por cento. 2. A determinação dos triglicérides associada à do colesterol total auxilia a melhor identificação dos casos que apresentam LDL-colesterol elevado, somente quando a colesterolemia se encontra abaixo ue 240 mg/dl. Para níveis de colesterol totai iguais ou acima desse valor, a determinação também dos triglicérides não auxilia a melhor identificação do risco lipídico pelo LDL-colesterol ou a necessidade de tratamento dessa variável do perfil lipídico. A não possibilidade do diagnóstico de hipertrigliceridemia isolada (acima de 200 mg/dl) quando da determinação somente do colesterol total apresentou baixas chances nas populações avaliadas neste estudo, de 0,5 por cento a 3 por cento. 3. A não determinação do HDL-colesterol associa risco de erro pequeno de não identificação de paciente com risco de doença coronária por nível baixo dessa fração do colesterol (abaixo de 35 mg/dl), com colesterol total em níveis desejáveis (abaixo de 200 mg/dl), que variou de 3 por cento a 10 por cento.