Exporting progress: os norte-americanos e o planejamento do campus no Brasil.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Pereira, Fúlvio Teixeira de Barros
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/102/102132/tde-04092017-105123/
Resumo: Aborda a transferência cultural de ideias dos Estados Unidos ao Brasil, a partir da assistência técnica norte-americana ao planejamento do campus no país, em seu período mais intenso: de 1961, criação da USAID e da Aliança para o Progresso, até 1975, retirada do principal consultor em atividade no Brasil: Rudolph Atcon. Parte da hipótese que tal assistência técnica se baseava numa ação seletiva, que estabelecia um preciso quadro de referências a ser transferido, ao levar em consideração as diferenças culturais entre ambos os países, afora os interesses políticos-ideológicos envolvidos nessa assistência. Por isso, busca analisar a seletividade da assistência técnica norte-americana ao planejamento do campus no Brasil, sob três eixos de investigação: caracterizar as tensões e resistências culturais no processo de assistência técnica, apontar a racionalidade econômica dirigida ao campus e identificar as demandas políticas e disciplinares no planejamento do campus. Emprega como fonte documental os discursos estabelecidos pelos consultores norteamericanos então atuantes no Brasil, em seus relatórios, apresentações em seminários e livros publicados, além dos relatórios gerais de avaliação do programa de assistência técnica. Conclui que as ideias transferidas ao Brasil sobre planejamento do campus foram seletivas e mais condicionadas por questões políticas e econômicas, com vistas à despolitização e à instrumentação da universidade ao desenvolvimento econômico. Foi promovido um ideário de campus centrado na economia, ordem e disciplina do espaço físico, em grande parte apoiada nos escritos de Atcon, sobretudo seu ensaio de 1961.