Análise da percepção de acadêmicos de medicina de São José do Rio Preto, São Paulo, Brasil sobre a doença de Chagas e seus vetores

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Clovis, Everton Rodrigues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6142/tde-18032022-140613/
Resumo: As doenças negligenciadas (DN) são um grupo diversificado de enfermidades que prevalecem em condições tropicais e subtropicais de 149 países e afetam mais de um bilhão de pessoas que vivem em situação de pobreza em todo o mundo. Atualmente, estima-se que oito milhões de pessoas estejam infectadas com a doença de Chagas (DC). Embora São José do Rio Preto, São Paulo, Brasil seja uma região do estado de São Paulo conhecida pelo alto grau de incidência de dengue, existem, pelo menos, 700 pacientes chagásicos registrados no Hospital de Base de São José do Rio Preto e alta incidência do vetor, sendo que mais de 14 mil triatomíneos foram coletados no noroeste paulista entre 2004 e 2011. Assim, levando em consideração que a DC é clinicamente curável se o tratamento for realizado no estágio inicial de contaminação com o Trypanosoma cruzi e que a ação dos profissionais da saúde é fundamental para o diagnóstico laboratorial dessa doença na fase aguda da infecção (período em quem os fármacos anti-tripanosomatídeos são efetivos), avaliou-se a percepção de acadêmicos de Medicina de São José do Rio Preto, São Paulo, Brasil sobre questões gerais relacionadas com essa enfermidade, por meio de uma pesquisa transversal, descritiva, prospectiva e quantitativa. A maioria dos alunos demonstrou conhecer o agente etiológico da DC. Além disso, os alunos de medicina demonstraram conhecimento da principal forma de transmissão do parasita, embora uma parcela deles não associou a transmissão da DC às fezes de triatomíneos. Outra dificuldade observada por esses discentes foi em relação ao tratamento da DC, pois mais da metade dos alunos respondeu erroneamente que a DC não tem cura ou tem cura na fase crônica. Levando-se em consideração que a DC foi descrita por um médico que caracterizou todos os aspectos da doença, há necessidade dos cursos de graduação de medicina abordarem as DNs de forma holística, pois as Diretrizes Curriculares Nacionais exigem a formação de profissionais de saúde competentes e capazes de integrarem dimensões biológicas, psicológicas, sociais e ambientais.