Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Paes, Bruno Lincoln Ramalho |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/2/2139/tde-09052021-220542/
|
Resumo: |
O trabalho consiste na análise interdisciplinar entre a peça Ricardo II, de William Shakespeare, e algumas das questões fundamentais da Filosofia e História do Direito e da assim chamada Teologia Política. Como tema central, a articulação entre as dimensões temporais e espirituais do poder, que tanto marcaram a cristandade e a reconfiguração do equilíbrio dos poderes a partir da Reforma Protestante. Nos fins da idade média, importando a doutrina eclesial do \"Corpo Místico de Cristo\", o poder civil retorna a um processo de mistificação, culminando na reunião dos \"dois gládios\" sob a figura absolutista de Henrique VIII, doravante o marco referencial da Idade Moderna. É sob este novo tipo de regime monárquico que Shakespeare, contrariando um meio majoritariamente anglicano, escreve sua crítica sutil-- mas insidiosa -- ao pretenso direito divino dos reis, na peça Ricardo II. Longe de ser filho de seu tempo, a dissertação propõe a interpretação de que o dramaturgo inglês era herdeiro de uma longa tradição intelectual e espiritual medieval e que, ao fim e ao cabo, tinha muito em comum com pensadores da Escola de Salamanca do século XVI e XVII. |