Confiança e Bitcoin: como as instituições importam

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Cunha Filho, Marcelo de Castro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/2/2139/tde-22032021-145912/
Resumo: Esta tese objetiva compreender como a confiança no Bitcoin como uma representação popular de moeda é formada e como instituições formais e informais auxiliam ou atrapalham a consolidação desse processo. Partindo-se da revisão e da sistematização de literatura sobre confiança e sobre confiança na moeda, analisou-se 39 entrevistas com usuários e entusiastas de Bitcoin que enxergam a tecnologia como uma espécie de moeda de caráter global ou, então, como instrumento com potencial de se tornar uma moeda no futuro. Ao final da análise dos dados, chegou-se à obtenção de um modelo que explica como a confiança no Bitcoin como representação popular de moeda é formada e, ainda, como instituições em seu sentido mais abrangente como direito e regulação, Estado, organizações de mercado, modelo de governança técnica e comunidade de usuários e entusiastas ajudam ou atrapalham na consolidação desse processo. Segundo modelo apresentado, a confiança na tecnologia como representação cotidiana de dinheiro se manifesta de três formas distintas. São elas metaforicamente chamadas de 1) a confiança do tipo \"O consumidor\", 2) a confiança do tipo \"O cuidadoso\" e 3) a confiança do tipo \"O revolucionário\". Cada uma dessas formas de confiança surge de percepções cotidianas diferentes acerca do modo como as instituições em seu sentido mais amplo auxiliam na suspensão da incerteza acerca do modo de utilização prática do Bitcoin no dia-a-dia. Ao contrário do que foi encontrado em literatura sobre confiança e sobre moeda, a identificação das três formas de confiança manifesta-se de forma simultânea e co-existente, porém com variações de intensidade, sobre toda amostra de entrevistados.