Bitcoin: a viabilidade de mineração no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Romeiro, Teófilo de Freitas
Orientador(a): Barbosa Filho, Fernando de Holanda
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/10438/31333
Resumo: O objetivo desse trabalho foi de estabelecer um estudo sobre viabilidade de se gerar bitcoin no Brasil, levando em consideração o custo financeiro e a quantidade de emissão de carbono que é gerado. Os resultados mostram primeiramente que o consumo total de energia pelas as máquinas mineradoras que foram selecionadas para produzir um Bitcoin varia entre 93.440 KW na Mineradora 2 até 108.624 KW na Mineradora 3, com a Mineradora 1 tendo consumo próximo ao da mineradora 3 de 107.815 KW. Em relação a quantidade de horas necessárias para se produzir um Bitcoin, utilizando as mesmas máquinas, é possível dizer que a Mineradora 2 teria que processar 58.400 horas, a Mineradora 3 precisa de um tempo menor, necessitando somente de 32.444 horas para produzir um Bitcoin e a Mineradora 1 é a que demora mais tempo, com um tempo de processamento de 67.385 horas. Foi verificado também o custo por estado, observando que o estado com o menor custo de energia na produção de bitcoin é o Amapá com um custo que dependendo da mineradora pode variar entre R$47.211 e R$54.882. O Rio de Janeiro é o estado com maior custo de energia gasto na produção de um Bitcoin, variando entre R$ 81.805 e R$95.058. Foi observado também que a média de energia consumida na produção de um Bitcoin no Brasil oscila entre R$57.028 e R$66.295. Em relação as fontes de energia, foi observado que a energia eólica é a menos intensiva na emissão de carbono, seguida pela hidroelétrica e nuclear. Considerando o total de carbono emitido por cada mineradora para cada tipo de fonte de geração de energia, podemos concluir que a emissão de carbono pode variar de 97.762 Kg de carbono por unidade gerada de Bitcoin com o uso de carvão utilizando a mineradora 3 até um mínimo de 462 Kg de carbono utilizando a mineradora 2 com produção baseada em energia eólica. A comparação internacional mostra que os países da União Europeia poluem menos que o Brasil, possuindo uma intensidade de emissão de carbono variando entre 23.827 KG, dependendo da mineradora. Comparando o Brasil com os demais países, observamos que somente os EUA poluem mais que o nosso país. Ao longo dos últimos doze meses, entre 11/08/2020 e 11/08/2021 o preço da Bitcoin atingiu um mínimo de R$53.450 em 5/9/2020 e um pico de R$361.000 em 13/04/2021. Esta grande variação no preço da Bitcoin faz com que a análise de viabilidade do negócio seja extremamente elevada com o valor máximo e inviável ao valor mínimo. Concluindo o estudo, foi observado que o Bitcoin se paga em curto período de tempo para os valores avaliados e possui elevada TIR. As TIR são extremamente elevadas mesmo para um valor da Bitcoin de “somente” R$100.000 em que a TIR ficaria entre 15% e 23%. Podemos afirmar que a mineração de Bitcoin no Brasil é viável, pois possui um tempo curto para recuperar o investimento nas máquinas mineradoras e somado a isso, temos as elevadas taxas internas de retorno (TIR) devido ao elevado valor da Bitcoin. Porém, é importante ressaltar que a elevada volatilidade do preço da Bitcoin faz com que a atividade de mineração não seja livre de riscos.