Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Cavalcanti, Desirée Rosa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23139/tde-08042009-113711/
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Resumo: |
A síndrome de ardência bucal (SAB) é uma condição crônica, caracterizada por sensação de ardor bucal sem alterações clinicamente detectáveis. Afeta predominantemente mulheres no período pós-menopausa e sua terapêutica ainda não está estabelecida. Pelo menos dois terços destes pacientes apresentam queixa subjetiva de disgeusia como sintoma secundário associado. O objetivo deste estudo foi avaliar a efetividade do ácido alfa lipóico, como alternativa terapêutica no controle dos sintomas da SAB, por meio de um estudo duplo-cego cruzado, placebocontrolado. Foi realizada também uma investigação da função gustatória destes pacientes, pela aplicação de teste objetivo de reconhecimento dos quatro sabores básicos. Foram incluídos trinta e cinco pacientes (31 mulheres, 4 homens, média de idade 63,1 anos, variação 36-78 anos) e 31 pacientes completaram o estudo terapêutico. Os pacientes foram randomizados para dois ciclos de tratamento um com ácido alfa lipóico e um com placebo, ambos administrados em cápsulas idênticas. Estes ciclos de tratamento foram separados por um período de washout de 20 dias. O sintoma de ardor bucal e a resposta terapêutica foram avaliadas utilizando uma escala visual de sintomatologia (EVS) numérica de 10 pontos antes do início e ao término de cada ciclo e pelo efeito global percebido (EGP), usando uma escala de 5 pontos ao término de cada ciclo de tratamento. O nível de redução sobre o sintoma de ardor avaliado pela EVS foi estatisticamente significante para ambos os tratamentos (31,15% com ácido alfa lipoico e 34,09% ao término do do primeiro ciclo; 12,55% para ácido alfa lipóico e 28,09% para placebo ao término do segundo ciclo). Considerando-se os resultados de EGP dos dois ciclos, 22 pacientes reportaram pelo menos alguma melhora após utilizarem ácido alfa lipóico e 23 pacientes após utilizarem placebo. A comparação dos scores obtidos dos dois ciclos pelo teste t falharam em demonstrar efetividade para ácido alfa lipóico sobre placebo. A queixa subjetiva de disgeusia esteve associada à de ardor em 60% dos casos. No teste objetivo de paladar foram verificados erros de identificação dos sabores básicos em 35,23% das amostras para o amargo, 20% para o azedo, 20% para o doce e 19% para salgado, estes erros foram observados também entre pacientes que não apresentavam a queixa subjetiva de disgeusia. Apenas 5 pacientes (14,28%) conseguiram identificar corretamente os quatro sabores básicos. A maior parte dos erros de identificação ocorreu para o sabor amargo e em baixas concentrações. A análise dos dados obtidos nos permitiu concluir que o ácido alfa lipóico não foi efetivo no controle dos sintomas associados à síndrome de ardência bucal e que existe uma associação da síndrome com as alterações da função gustatória. |