Resposta tecidual após implante subcutâneo de diferentes cimentos à base de ionômeo de vidro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Borges, Luã Lopes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58135/tde-23112018-101726/
Resumo: O Cimento de Ionômero de Vidro (CIV) é um material restaurador utilizado na Odontologia Minimamente Invasiva pois, além de apresentar propriedade adesiva à estrutura dental, apresenta propriedades tais como liberação e absorção de íons flúor, compatibilidade biológica com os tecidos bucais e coeficiente de expansão térmica similar ao da dentina. No entanto, o CIV apresenta baixa resistência mecânica, alta suscetibilidade à perda e ao ganho de água nas primeiras 24 horas (sinérese e embebição), período prolongado de presa e polimento ruim. Apesar desse material ter sido introduzido na Odontologia há mais de 40 anos, sua fórmula original vem sofrendo alterações, com o objetivo principal de aprimorar as propriedades mecânicas e alcançar melhores resultados clínicos. Dentre os CIV convencionais, destaca-se o EQUIA&reg; Forte Fil (GC Corporation, Tokyo, Japan), material elaborado com o objetivo de aprimorar as características físicas e estéticas do seu antecessor EQUIA&reg; Fil. No entanto, até o momento não existem trabalhos biológicos avaliando o desempenho do EQUIA&trade; Forte e Ketac&trade; Universal Aplicap&trade;. O objetivo deste estudo foi avaliar a resposta do tecido conjuntivo subcutâneo de camundongos isogênicos após implante de diferentes cimentos de ionômero de vidro (EQUIA&reg; Forte Fil, EQUIA&reg; Fil e Ketac&trade; Universal Aplicap&trade;). Foram utilizados 87 camundongos isogênicos da linhagem BALB/c divididos em 12 grupos, sendo 9 experimentais (Ketac, E. Fil e E. Forte nos períodos de 7, 21 e 63 dias) e 3 controles (tubos de polietileno vazios, nos mesmos períodos). Decorridos os períodos experimentais, a porção do tecido conjuntivo subcutâneo circundante ao material implantado foi removida e submetida ao processamento histotécnico e à coloração com hematoxilina e eosina. Foi realizada a descrição da reação tecidual em contato com cada material, análise semi-quantitativa do fibrosamento e do infiltrado inflamatório e análise quantitativa da espessura do tecido reacional granulomatoso em contato com o material testado ou tubo de polietileno. Os dados foram analizados estatisticamente (&alpha;=0,05), utilizando o teste de Kruskal-Wallis, seguido pelo Pós-teste de Dunn. Inicialmente, o fibrosamento não foi diferente entre os materiais testados (p>0,05), porém passou a ser diferente aos 21 dias, com o controle apresentando o estágio mais avançado de fibrosamento, e chegando ao final do experimento com o Grupo EQUIA&reg; Forte Fil com estágio mais avançado de fibrosamento, em comparação ao grupo EQUIA&reg; Fil (p<0,05). O infiltrado inflamatório, por sua vez, não apresentou diferença entre os materiais testados ao longo dos períodos experimentais (p>0,05). A área do tecido reacional granulomatoso foi maior para o Grupo E. Forte, diferindo do controle em todos os períodos avaliados (p<0,05). De acordo com os resultados obtidos, concluiu-se que todos os cimentos à base de ionômero de vidro testados apresentaram compatibilidade tecidual, de acordo com os diferentes parâmetros avaliados