Distribuição espacial da mortalidade por acidente cerebral vascular e fatores socioeconômicos nos distritos da cidade de São Paulo, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Souza, Angelita Gomes de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5169/tde-25052012-135958/
Resumo: INTRODUÇÃO: O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é a segunda causa de mortalidade e a principal causa de incapacidade no mundo. Muitos fatores de riscos estão associados ao AVC, sendo o principal a hipertensão arterial. Vários estudos também mostraram a associação de um baixo status socioeconômico com altas taxas de mortalidade pelo AVC. O presente estudo teve como objetivo analisar a distribuição espacial da mortalidade por AVC na cidade de São Paulo de acordo com os fatores socioeconômicos. MÉTODOS: Estudo realizado nos 96 distritos da cidade de São Paulo no período de 2006 a 2008. Foram analisadas taxas de mortalidade por AVC em ambos os sexos. Os fatores analisados foram % de indivíduos com escolaridade nível superior, % domicílios com três pessoas ou mais morando na residência e % de indivíduos das classes D e E em cada distrito. Aplicou-se a metodologia de agrupamento K-means para análise da distribuição da mortalidade por AVC de acordo com os fatores socioeconômicos e uma regressão linear com heterocedasticidade corrigida para avaliar a relevância de cada fator. RESULTADOS: As médias das taxas de mortalidade por AVC foram mais elevadas nos homens xx (72,7/100.000 habitantes) comparados às mulheres (48,9/100.000 habitantes). O agrupamento A possui os distritos com melhores condições socioeconômicas (51,3% possuem escolaridade superior, 47,3% moram com três pessoas ou mais, 3,23% pertencem a classe D e E) enquanto que os grupos D e E incluem distritos com piores condições socioeconômicas localizados nas áreas mais periféricas. As taxas de mortalidade por AVC foram mais elevadas no grupo E, tanto no sexo masculino (82,7/100.000 habitantes) quanto no feminino (60,2/100.000 habitantes). A regressão linear em ambos os sexos mostrou que o modelo aplicado foi adequado com r² ajustado de 0,64 para homens e 0,70 para mulheres, sendo que a escolaridade superior e três pessoas ou mais habitantes na mesma residência foram significativos (p<0,001, para ambos). CONCLUSÃO: A mortalidade por AVC apresentou uma distribuição diferenciada na cidade de São Paulo com maior mortalidade nas regiões mais pobres e periféricas mostrando uma relação inversa com o status socioeconômico