Estrutura e manejo de uma floresta de várzea do estuário amazônico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1996
Autor(a) principal: Macedo, Domingos Sávio Moreira dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11142/tde-20190821-113757/
Resumo: O estudo está dividido em quatro capítulos. O Capítulo I fornece algumas informações ecológicas básicas sobre a estrutura e funcionamento de florestas de várzea do estuário amazônico, principalmente em relação aos regimes periódicos de inundação das várzeas de maré e suas influências sobre o meio biofísico. Nos capítulos seguintes são apresentados resultados que poderão servir como base ecológica para o manejo deste ecossistema. Sob várias intensidades de manejo florestal, o estudo enfoca o impacto sobre a vegetação arbórea (Capítulo IV) e regeneração natural de plântulas e o crescimento de mudas de Virola surinamensis que foram plantadas na floresta (Capítulo II). A área de estudo está localizada na foz do rio Amazonas, no município de Gurupá, Estado do Pará (latitude 1º29’S e longitude 51º38’W). Existem dois níveis de oscilação da maré na região do estuário: i) nível baixo de água abaixo do solo compreendendo os meses de julho a janeiro, o que praticamente coincide com o período menos intenso de chuva; e ii) nível alto de água nos meses de fevereiro a junho, coincidindo com os períodos de maior intensidade de chuva. O regime de inundações periódicas é o grande catalizador dos processos bióticos e abióticos das várzeas, acelerando os processos de renovação dos seus recursos. Na metodologia adotada foram instaladas 16 parcelas de 70 x 70 metros (0,49 ha) de forma quadrada, onde foi realizado um inventário de todos os indivíduos acima de 10 cm de DAP. Foram realizados 4 tratamentos com 4 repetições cada: i) testemunha (sem exploração: tratamento 1 – TI); ii): retirada de 25% da área basal a partir dos maiores diâmetros (tratamento 2 – T2); iii) retirada de 50% da área basal (tratamento 3 – T3); iv) retirada de 75% da área basal (tratamento 4 – T4). Após a exploração foram instaladas sub-parcelas de 40 x 40 metros (0,16 ha)dentro das parcelas de 0.49 ha, ou seja, foi deixada uma bordadura de 15 metros para cada lado. Em seguida foi realizado um plantio de enriquecimento de Virola surinamensis (Rol.) Warb., perfazendo um total de 144 mudas por sub-parcela. Na mesma área das sub-parcelas foram instaladas microparcelas de 2 x 2 metros (4 m2), cruzando o centro das sub-parcelas. As porcentagens médias de luz obtidas para os tratamentos foram: 5.6% para o T1; 13.5% para o T2; 24.8% para o T3; e, 40,1% para o T4. Da mesma forma a interação entre luz e topografia não exerceu efeitos significativos sobre o crescimento das mudas de Virola surinamensis. A variação topografia e a interação entre luz e topografia não teve efeito sobre a sobrevivência das mudas. Houve um aumento do número de espécies e do número de indivíduos à medida que aumentou o regime de luz. Tanto o índice de heterogeneidade de Shannon, como de riqueza de espécies Margalef, evidenciaram estas mudanças, principalmente com relação aos extremos (tratamento 1 e 4). O volume comercial por ha foi: 58,88 m3 (T2); 93,13 m3 (T3); e 136.86 m3 (T4). Os custos médios por metro cúbico/há foram: US$6.37 (T2); US$ 5.80 (T3) e US$ 5.46 (T2). Com relação às arvores danificadas foram observadas diferenças significativas entre T2 e T3 e T4.