Arquitetura e luto na obra de Adolf Loos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Joelsons, Denis
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Art
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16133/tde-13122017-142730/
Resumo: O presente trabalho propõe a leitura da obra de Adolf Loos (1870-1933) através das transformações históricas que marcaram a Europa na passagem da segunda metade do século XIX à primeira do século XX. A complexidade de sua obra é uma expressão privilegiada para o entendimento das contradições instauradas no período. Por um lado, o fôlego de suas ideias é dado pela persistência de problemáticas que surgiram no século XIX; por outro, parte de sua obsolescência também se explica pela resistência que Loos apresentou a tais mudanças. Transformações que ele identificou como perdas. O tema da perda permeia toda sua produção: nos edifícios, por vezes ele figura na justaposição de elementos contraditórios (tradição ou modernidade), por outras na cisão irreparável entre interior e exterior (público ou privado) e, em alguns casos, o uso de espelhos e aberturas simetricamente dispostas cria uma tensão de ambiguidade entre espaço e imagem (realidade e representação). O eixo de leitura proposto nesta dissertação se estabelece a partir das reações do arquiteto às perdas impostas por sua época. A obra estudada é interpretada como um trabalho de luto. Textos e edifícios representativos do pensamento de Adolf Loos são investigados à luz de algumas reflexões de importantes pensadores da cultura europeia do período, como Walter Benjamin, Camilo Sitte, Georg Simmel e Sigmund Freud. A abordagem se dá através de três temas centrais: a morte da tradição, a perda de vitalidade no espaço público das metrópoles e a decadência da experiência subjetiva.