Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Alves, Thiago Cândido |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/83/83131/tde-26012018-152845/
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Resumo: |
O uso da Terapia Antirretroviral conseguiu controlar a depreciação do sistema imunológico em pessoas que vivem com HIV/AIDS (PVHA), aumentando a expectativa de vida desta população. Entretanto, o uso contínuo dos medicamentos juntamente com a ação infecciosa do HIV pode provocar alterações da composição corporal (CC) que resultam em maior probabilidade da ocorrência de doenças crônicas degenerativas e/ou que afetam o status funcional destes pacientes. A utilização de terapias complementares como o exercício físico, tem proporcionado melhora do quadro de saúde de PVHA e o treinamento de força tradicional (TFT) tem demonstrado eficácia como terapia complementar, uma vez que promove redução do tecido adiposo (TA) e aumento do tecido músculo esquelético (TME), proporcionando uma melhor harmonia corporal. Além do mais, o TFT proporciona o aumento da força e da resistência muscular melhorando significativamente a capacidade funcional e a qualidade de vida desses indivíduos. Entretanto, devido às características da doença e/ou tratamento medicamentoso, algumas PVHA podem apresentar grande debilidade física, com elevada redução das capacidades funcionais, sendo incapazes de usufruírem dos benefícios do TFT. Diante desse cenário, o treinamento de força combinado com restrição do fluxo sanguíneo (TFRFS) pode ser proposto como método alternativo, uma vez que apresenta resultados semelhantes ao TFT mesmo com cargas reduzidas (20% a 30% da capacidade máxima de trabalho) e moderada restrição de fluxo sanguíneo para os membros. Assim, o objetivo do estudo foi comparar o TFT e o TFRFS, e identificar o impacto dos mesmos sobre respostas morfo-funcionais, imunológicas e metabólicas de PVHA. Vinte e dois pacientes foram divididos em três grupos: grupo de TFRFS (G1; n=7), grupo de TFT (G2; n=7) e grupo controle (G3; n=8). Os grupos de treinamento foram submetidos a 12 semanas de treino, com frequência semanal de três dias. Antes e após o período de treinamento os pacientes de todos os grupos foram submetidos avaliação de CC por DXA, exames bioquímicos, teste de repetições máximas (RM), que permitiu comparações estatísticas entre grupos das características morfológicas, metabólicas, imunológicas e força muscular (FM). O controle da pressão arterial (PA) e frequência cardíaca (FC) durante as sessões de treinamento permitiu verificar o impacto de ambos os métodos de treino sobre as variáveis cardiovasculares. Os aumentos do TME absoluto e relativo (índice de massa muscular; IMM) foram de 7,4% e 7,6%; e 6,2% e 8,7% para G1 e G2, respectivamente, e de forma oposta o G3 exibiu diminuição de 4,2% e 3,2% do TME e IMM. Já em relação à gordura corporal, o G2 apresentou diminuição do TA, percentual de gordura (%G), índice de massa gorda (IMG), %G androide e massa gorda de tronco (MGT) (-14,8%; -15%; -7,2; -16,9% e -12%). Já o G1 exibiu diminuição do %G, TA, IMG, %G androide e MGT (-8,7%; -7,2%; -7,2%; -7,6% e -10,1%). Na análise das variáveis metabólicas e imunológicas o G1 apresentou diminuição de 6,4% nos níveis de colesterol total (CT), de 34,6% dos triglicerídeos (TG) e de 4,3% do LDL; e aumento de 13,8% dos níveis de HDL e de 6,3% dos níveis de CD4. O G2 apresentou aumento de 6,5% nos níveis de CT, de 1,3% do TG e de 10,1% do LDL; e diminuição de 9,6% dos níveis de HDL e 24,1% do CD4. Já o G3 exibiu diminuição do CT (-24,1%), LDL (-28,3) e HDL (-16%). Com relação a FM o G1 exibiu aumentos de FM de 21,5%; 23,5%; 32,6% e 36,7 % para tríceps, bíceps, isquiotibiais e quadríceps. Já o G2 alcançou incrementos de FM de 25,5%; 19,6%; 34,4% e 33,2% para os mesmos grupos musculares. O principal achado do estudo foi que o TFRFS foi capaz de diminuir o tecido adiposo e aumentar o tecido músculo esquelético e FM em PVHA de forma semelhante ao TFT, sem promover uma maior demanda ao sistema cardiovascular. Tomados juntos, esses resultados demonstram que o TFRFS pode ser utilizado como um método alternativo para indivíduos impossibilitados de se exercitar em altas intensidades. |