Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Conceição, Adriano Nardi |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/81/81131/tde-29112024-164441/
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Resumo: |
Mapas conceituais são redes de proposições integradas construídas com a finalidade de responder a uma pergunta focal. As proposições são suas unidades básicas consti-tuintes. O poder de representação dos mapas conceituais está na clareza semântica, na natureza e no poder explicativo na integração das proposições. A representação e modelagem do conhecimento são etapas do processo de aprendizagem de ciências e podem ser ilustradas com os mapas conceituais. A literatura caracteriza o que são bons mapas conceituais e mapeadores excelentes, capazes de modelar suas estrutu-ras conceituais e representá-las. No entanto, há uma lacuna sobre como se dá a tran-sição do aluno que aprende ciências, iniciante na técnica e no conteúdo científico, para a plena proficiência em ambos. O objetivo dessa tese é propor um modelo de articula-ção entre elementos teóricos que valorizam os processos cognitivos, a dimensão se-mântica e a representação do conhecimento do estudante que aprende ciências para sinalizar etapas da proficiência na técnica frequentemente ignoradas no uso de mapas conceituais no ensino de ciências quando a ênfase está na verificação da aprendiza-gem. A Taxonomia Revisada de Bloom discrimina em escala crescente diferentes pro-cessos cognitivos relacionados a objetivos de aprendizagem. Nessa tese foram utiliza-dos elementos dessa taxonomia para diferenciar os processos cognitivos exigidos para se criar os mapas conceituais descritivos e os explicativos. Foram utilizados elementos da Teoria da Carga Cognitiva para compor o modelo teórico para explicar as cargas cognitivas a que o mapeador está sujeito quando tem que lidar com as tarefas envol-vendo mapas. O plano semântico, proposto na Teoria dos Códigos de Legitimação, permite descrever a partir das estruturas de conhecimento as diferentes etapas no ca-minho para a expertise, plena proficiência, no mapeamento conceitual e no conteúdo mapeado. Três estudos são propostos para sustentar a tese sobre como é o caminho do mapeador iniciante até o mapeador experiente. Foi conduzida uma análise de agru-pamentos a partir do desempenho de estudantes em um questionário que permitiu de-limitar diferentes níveis de entendimento conceitual. No estudo I são apresentadas es-tratégias para estimular a construção de proposições dinâmicas e obter mapas concei-tuais com alto poder explicativo. No estudo II são analisadas a clareza e correção con-ceitual das proposições e no estudo III é caracterizado o perfil semântico dos mapeado-res em termos da densidade e da gravidade semântica. O desempenho dos estudantes no questionário é utilizado para correlacionar com as características obtidas das análi-ses da natureza, correção, clareza e densidades gravitacional e semântica das propo-sições e a aderência do mapa à pergunta focal. Mapas conceituais elaborados por es-tudantes de uma disciplina de Ciências da Natureza no Ensino Superior são apresen-tados para ilustrar os resultados. Os estudos conduzidos demonstraram que o modelo teórico construído nessa tese permitiu valorizar a aprendizagem conceitual e procedi-mental envolvendo o uso dos mapas conceituais no ensino de ciências e destacar a importância do desenvolvimento da plena proficiência com a aquisição da capacidade de acionar, articular e representar o conhecimento científico nesse organizador gráfico. |