Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Ribeiro, Igor Braga |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5168/tde-27042022-161701/
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Resumo: |
Introdução e objetivo: o câncer colorretal (CCR) é a terceira neoplasia maligna mais comum e a segunda causa de mortes por câncer no mundo. A obstrução colônica maligna (OCM) por CCR ocorre em 8% a 29% dos pacientes e trata-se de emergência gastrointestinal, a qual requer descompressão urgente. O implante de prótese metálica autoexpansível (PMAE) colorretal é uma alternativa paliativa à cirurgia de emergência (CE) para pacientes com OCM inoperáveis. O objetivo deste estudo é realizar uma revisão sistemática com metanálise, incluindo apenas ensaios clínicos randomizados (ECR) (nível de evidência 1A), comparando a eficácia, a segurança e fatores relacionados a qualidade de vida dos pacientes, das PMAE versus CE para OCM em pacientes paliativos. Métodos: o estudo foi realizado de acordo com as recomendações do Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA). A pesquisa bibliográfica foi realizada em bases de dados online, sem restrição de idioma ou ano de publicação. Os desfechos primários foram: sucesso clínico, eventos adversos (EA), mortalidade em 30 dias e tempo de sobrevida. O sucesso técnico, confecção de estomias, o tempo de permanência na unidade de terapia intensiva (UTI) e o tempo de internação hospitalar foram avaliados como desfechos secundários. Resultados: foram incluídos quatro ECRs, totalizando 125 pacientes. Não houve diferença entre os grupos nas análises de mortalidade em 30 dias (RD: -0,00, IC 95% [-0,10, 0,10], I2 : 0%), tempo de sobrevida (MD: 2,45, IC 95%: [-30,27, 35,08], I2 : 44%), eventos adversos (RD: 0,18 [- 0,19, 0,54; IC 95%, I2 : 87%) e no tempo de permanência na UTI (MD: 0,01, IC 95%: [-0,08, 0,05], I2 : 7%). O sucesso clínico (RD: 0,13, IC 95% [-0,23, -0,02], I2 : 51%), sucesso técnico (RD: 0,13, IC 95%: 0,23- 0,02 I2 : 51%) e a taxa confecção de estomias (RD: -0,69, IC 95%: [-0,80- 0,58], I2 : 92%) foram favoráveis ao grupo CE. O tempo de internação foi menor no grupo PMAE (MD: -6,33, IC 95%: [-6,95, -5,70], I2 : 86%). A complicação mais comum relacionada a PMAE foi a obstrução da prótese e no grupo CE foram problemas clínicos. Conclusões: Esta revisão sistemática e metanálise demostrou que a mortalidade, sobrevida média, tempo de permanência na UTI e EA dos grupos PMAE e CE são semelhantes. A CE foi associada a um maior sucesso clínico e xvii técnico, enquanto a utilização da PMAE correspondeu a menor permanência hospitalar e menos estomias permanente. A escolha da técnica para paliação deve ser individualizada e sempre em conjunto com equipe multidisciplinar, levando em conta recursos, experiência local e preferência do paciente |