Desempenho dos estudantes de enfermagem na inserção de dispositivo supraglótico (máscara laríngea): um estudo randomizado e controlado em manequins

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Pedersoli, Cesar Eduardo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-06012014-155627/
Resumo: Estudo com objetivo de avaliar e comparar o desempenho teórico e prático de estudantes de enfermagem submetidos a estratégias de ensino-aprendizagem, aula expositivo-dialogada e atividade prática em laboratório de habilidades ou aula simulada, no manejo da via aérea em emergências por meio da máscara laríngea (ML). Estudo com delineamento experimental, abordagem quantitativa, de intervenção tipo Ensaio Clínico Randomizado Controlado. A população consistiu dos estudantes do oitavo período, bacharelado, da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto e a amostra de 17 estudantes, randomizados para grupo controle (GC) e grupo intervenção (GI). O GC foi submetido à aula expositivo-dialogada seguida de atividade prática em laboratório de habilidades com manequim de baixa fidelidade e o GI à aula simulada em laboratório utilizando o mesmo manequim. Elaboraram-se os instrumentos de avaliação escrita, cenário de simulação e avaliação clínica objetiva e estruturada no cenário de simulação (checklist), validados em aparência e conteúdo por comitê de juízes. A estratégia de coleta de dados foi Workshop intitulado \"Manejo da via aérea em emergências: uso da ML\". Foram avaliados teste escrito e OSCE (Exame Clínico Objetivo Estruturado) - avaliação clínica estruturada em Laboratório de Simulação, este último empregando como ferramenta o manequim de média-fidelidade. A atividade foi filmada e analisada por três avaliadores. Analisaram-se os desfechos: desempenho teórico no teste escrito e prático no OSCE, tempo de execução do OSCE, tempo para obtenção da primeira ventilação eficaz, número de tentativas para inserção da ML até obtenção de ventilação efetiva. Resultados: 16 estudantes eram do sexo feminino e um do sexo masculino, a idade média 24,4±4,2 anos. No pré-teste a nota média do GC de 6,6±1,0 e do GI de 6,5±0,5 e a mediana para ambos 6,5. No pós-teste a nota média do GC foi 8,4±0,8 (mediana 8,5), do GI de 8,6±1,1 (mediana 8,6). Comparando-se as médias obtidas no pré-teste por ambos os grupos, não há diferença estatisticamente significante (p=07427). Tal fato também pôde ser constatado no pós-teste (p=0,7117). Comparando as notas pré e pós-teste do GC evidenciou diferença estatisticamente significante (p=0,0025) o que também ocorreu para o GI (p=0,0002). A média no OSCE do GC foi 7,8±0,52 e GI 8,4±0,89; comparou-se tais notas verificando-se que não há diferença estatisticamente significante (p=0,0822). A média obtida pelo GC no pós-teste foi maior que a média obtida no OSCE e, para o GI, são equivalentes. O tempo médio de execução do OSCE pelo GC foi 479,8±183,3s (mediana 468,5s) e no GI 520,3±157s (mediana 506s), não havendo diferença estatisticamente significante (p=0,6311) e também para obtenção da primeira ventilação eficaz (p=0,9835). A média do nº tentativas para inserção da ML pelo GC 1,63±0,74 e GI 1,56±0,63. Embora os resultados não apontem diferença estatisticamente significante entre as médias dos grupos no pós-teste, para o GI os escores foram superiores. No presente estudo, apesar de diferentes estratégias de ensino abordarem o manejo da via aérea em emergências com a ML, os resultados demonstram que as mesmas foram eficazes e os objetivos de aprendizagem foram alcançados, pois houve incremento nas notas obtidas no pós-teste e no OSCE em ambos os grupos.