Frequência fundamental e frequências dos dois primeiros formantes de vogais orais produzidas por adultos de acordo com as Classes ortodônticas de Angle

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Trinas, Flávia Viegas de Andrade
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Voz
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5170/tde-12032020-083624/
Resumo: Objetivo: Investigar por meio de análise acústica a frequência fundamental da voz (F0) e as frequências dos dois primeiros formantes (F1 e F2) das sete vogais orais do português brasileiro em adultos de acordo com a classificação de más oclusões de Angle (Classes I, II Divisão 1 e III). Métodos: Participaram do estudo indivíduos com más oclusões Classe I (n=80), Classe II, Divisão 1 (n=40) e Classe III (n=40) pareados por gênero. As amostras de fala foram obtidas a partir da emissão em sentenças-veículo e foram estimados os valores de F0, F1 e F2. Foi utilizado o software Praat para avaliação acústica das vogais. Na análise estatística foi utilizada a análise de variância (ANOVA) e nos parâmetros que apresentaram diferenças foi utilizado o teste Post Hoc Tukey. Resultados: Foram observadas as seguintes diferenças em F0, F1 e F2: a) em F0: entre as Classes I e II Divisão 1 em cinco vogais [e, i, ó, o, u] no gênero masculino e em duas [é,e] no feminino; entre as Classes I e III em duas vogais [é,e] no gênero masculino; entre as Classes II Divisão 1 e III na vogal [é] no gênero feminino; b) em F1: entre as Classes I e II Divisão 1 em três vogais [i,o,u] no gênero masculino; entre as Classes I e III na vogal [i] no gênero masculino e na vogal [é] no gênero feminino; entre as Classes II Divisão 1 e III não houve diferenças em ambos os gêneros; c) em F2: entre as Classes I e II Divisão 1 em duas vogais [é,e] no gênero masculino e em três vogais [ó,o,u] no feminino; entre as Classes I e III na vogal [i] no gênero masculino e em duas vogais [ó,u] no gênero feminino; entre as Classes II Divisão 1 e III houve diferença apenas na vogal [i] no gênero masculino. Conclusão: A investigação das mensurações de F0, F1 e F2 demonstrou diferenças mais predominantes no gênero masculino, especialmente entre as Classes I e II Divisão 1 e entre as Classes I e III. As vogais que apresentaram distinções mais frequentes foram a [i] entre os homens e a [é] entre as mulheres. O número reduzido de diferenças nas frequências dos formantes entre as más oclusões estudadas pode evidenciar a capacidade de adaptação do trato vocal humano para fazer ajustes na produção da fala diante de alterações estruturais do complexo maxilo-mandibular. O parâmetro que mais se diferenciou foi a F0 entre as Classes I e II Divisão 1 nos homens, sendo os valores mais agudos em cinco vogais no grupo com protrusão maxilar