Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1995 |
Autor(a) principal: |
Melhem, Mário Mansur |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44135/tde-06102015-114844/
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Resumo: |
A área de estudo possui cerca de 100 Km² e localiza-se entre os municípios de Atibaia e Bom Jesus dos Perdões no Estado de São Paulo. O Maciço de Atibaia, estudado em maior detalhe, cobre área aproximada de 65 Km². Coloca-se em terreno metamórfico (rochas da fácies anfibolito) com foram de cunha, limitado por duas grandes zonas de cisalhamento e suas manifestações colaterais (uma à noroeste e outra à sul do maciço). Dentro do maciço são descritas 3 fácies principais. A primeira, ocupando cerca de 98% da área, é representada por um sienogranito porfiróide róseo acinzentado de textura inequigranular média-grosseira e índice de cor (IC) em torno de 10. A segunda fácies é composta por um monzogranito cinza de granulação fina a média cuja característica marcante é a presença de nódulos esbranquiçados quartzo-feldspático de até 2 cm de diâmetro. A terceira fácies, monzogranito cinza claro (granulação fina a média), é muito semelhante a anterior mas em lugar dos nódulos surgem esporadicamente alguns cristais de feldspato alcalino. Associados ao sienogranito porfiróide ocorrem diques sinplutônicos de granulação fina-média, bolsões graníticos, enclaves e xenólitos. Marginais ao maciço são observadas várias fácies de granitoides consideradas pré-Atibaia. Dentre elas destacam-se ocorrências mapeáveis de uma variedade de granito branco a duas micas com granada como acessório principal. Outra ocorrência marginal importante é um granitóide (monzogranito a granodiorito) cinzento porfirítico (IC em torno de 15); aparece constituindo corpos de centenas de metros apenas na porção a oeste do maciço. Ocorrem ainda um sienogranito cinza (IC \'QUASE IGUAL A\' 10) de granulação fina-média localizado á leste do maciço e um sienogranito cinza avermelhado porfirítico (IC \'QUASE IGUAL A\' 10) localizado à norte. Rochas granodioríticas, tonalíticas e quartzo-dioríticas aparecem à oeste do maciço e ocorrem geralmente como corpos alongados na direção NNE; possuem uma foliação penetrativa bem visível em rochas alteradas. A existência de um paralelismo das estruturas tectônicas regionais com as de fluxo magmático, observada no interior do maciço, além da própria geometria alongada em sentido NNE sugerem uma deformação contínua desde a colocação do granito (fase dúctil) até a sua cristalização final com a formação de milonitos e cataclasitos (fase rúptil). A intensidade dessa deformação distribui-se de forma anastomosada criando subtipos texturais-estruturais no interior do maciço, onde a foliação tectônica é mais ou menos marcante. As análises químicas (14 amostras) apontam tendências alcali-cálcica (diagrama de Peacock) e metaluminosa (diagrama de Maniar & Piccoli). Nos diagramas de discriminação (e.g., R1 versus R2) as amostras aparecem representadas na transição dos campos tardi-orogênicos a sin-orogênicos. Os teores de Ba, Sr, Rb e Zr, entre outros, são semelhantes aos observados em outros granitoides do cinturão Itu. A homogeneidade observada dos tipos encontrados (principalmente sienogranito porfiróide) sugere uma fonte também homogênea ou uma quase completa homogeneização do líquido magmático antes da cristalização. No contexto regional o Maciço de Atibaia (idade de 573 \'+ OU -\' 15 M.a., isócrona Rb/Sr) relaciona-se provavelmente ás associações mais jovens que constituem o cinturão Itu de granitóides tardi- a pós-orogênicos, cujas manifestações mais recentes têm idades próximas a 580 M.a. A razão inicial do sienogranito porfiróide (0,7132) é relativamente elevada indicando contribuições significativas de áreas fontes isotopicamente mais evoluidas. |