Mulheres com dor pélvica crônica possuem desempenho físico inferior ao de mulheres saudáveis

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Chediek, Ana Paula Francisco
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17145/tde-28072016-094950/
Resumo: A dor pélvica crônica é uma condição comum e debilitante, com etiologia complexa e pouco compreendida, usualmente resultante da interação de vários sistemas. Talvez por isso, mesmo após muita investigação, seja diagnosticada com dificuldade. Ademais, frequentemente, o tratamento limita-se ao alívio temporário e insatisfatório dos sintomas. A condição pode comprometer a capacidade para executar determinadas tarefas físicas, seja pela própria dor, pelo medo de apresentarem dor, pelos sintomas depressivos ou ansiosos, ou mesmo pelas limitações autonômicas apresentadas. O objetivo do estudo foi avaliar o desempenho físico de mulheres com dor pélvica crônica e identificar as variáveis clínicas associadas. Foram incluídas 162 mulheres, 81 portadoras de dor pélvica crônica atendidas no ambulatório especializado do HC-FMRP-USP e 81 mulheres saudáveis recrutadas entre as acompanhantes das pacientes. Foram realizados os testes de Caminhada de 6 minutos, de Alcance Funcional, Sentar e Levantar e, Pegar a Caneta. Todos os instrumentos utilizados foram traduzidos e validados para aplicação no Brasil. O projeto, juntamente com o termo de consentimento livre e esclarecido, foi aprovado no CEP-HC-FMRPUSP. Houve diferença estatística (p> 0,01) em todos os testes de performance. A média (± desvio padrão) nos testes, no grupo saudável e dor pélvica crônica, respectivamente, foram: 36,35 cm (±5,8) e 32,40 cm (±6,8) no teste de alcance funcional, 10,00 s (±2,0) e 13,46 s (±6,0) no teste de sentar e levantar, 2,50 s (±0,5) e 3,51 s (±1,7) no teste de pegar a caneta, e 536,97 m (±47,5) e 487,36 m (±65,8) no teste de caminhada de 6 minutos. O estudo demonstrou, portanto, que as mulheres com dor pélvica crônica possuem desempenho físico inferior ao de mulheres saudáveis e que este está independentemente associado com a cinesiofobia e a própria dor pélvica crônica e, eventualmente, com sintomas depressivos e com a qualidade de vida