Avaliação da função cognitiva em pacientes com hipertensão arterial e sua correlação com as alterações da rigidez arterial e do fluxo cerebral

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Muela, Henrique Cotchi Simbo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5131/tde-09032017-112813/
Resumo: Introdução: A hipertensão arterial é uma doença crônica com alta prevalência na população e, se não tratada, está relacionada a complicações cardiovasculares graves incluindo insuficiência renal, doença arterial coronária e acidente vascular cerebral. A associação entre os valores de pressão arterial (PA) e o desempenho cognitivo, tanto em pessoas adultas hipertensas quanto normotensas também tem sido demonstrada, e a hipertensão arterial é um importante fator de risco para a ocorrência de demência vascular. No entanto, a relação entre a gravidade da hipertensão, suas alterações vasculares e o déficit cognitivo é pouco conhecida. Objetivo: avaliar as alterações de função cognitiva em pacientes com hipertensão arterial de diferentes estágios e suas correlações com as propriedades arteriais funcionais e estruturais avaliadas por métodos não invasivos e com a circulação cerebral avaliada pelo Doppler transcraniano. Métodos: Trata-se de um estudo transversal em pacientes com hipertensão arterial seguidos na unidade de hipertensão arterial do Incor e um grupo de controles normotensos. Os pacientes foram divididos em três grupos: normotensão, hipertensão estágio-1 e hipertensão estágio-2. Os pacientes foram submetidos aos seguintes procedimentos: avaliação da rigidez arterial pela medida da velocidade de onda de pulso, medida da espessura da íntima média das artérias carótidas e da pressão central não invasiva, avaliação do fluxo cerebral pelo Doppler transcraniano e testes para a avaliação da função cognitiva. Resultados: Foram incluídos 221 indivíduos (150 hipertensos e 71 normotensos) por um período de 24 meses. Comparado com os indivíduos normotensos, a disfunção cognitiva é mais frequente nos pacientes com hipertensão arterial e está diretamente relacionada com a gravidade da doença. Os pacientes com hipertensão tiveram maior rigidez arterial, menor resposta de vasorreatividade cerebral e pior desempenho cognitivo. Conclusão: As alterações da função cognitiva são mais frequentes nos pacientes com hipertensão arterial e se relacionaram com a gravidade da doença. Os pacientes hipertensos têm maiores alterações vasculares que se associaram com pior desempenho cognitivo