Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Paiva, Maria Carolina Bonjovanni de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/60/60137/tde-22052018-160739/
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Resumo: |
Considerando que a obtenção de uma formulação farmacêutica pode ser melhor planejada se algumas condições biológicas inerentes à cavidade oral forem contempladas e que os sistemas de liberação modificada podem ser ferramentas para o controle de doenças orais, o objetivo do trabalho é obter uma formulação contendo clorexidina, avaliando seu efeito sobre os mesmos. Este trabalho foi dividido em duas etapas, sendo que a primeira envolveu a obtenção da formulação mais adequada aos experimentos biológicos e a segunda avaliou seus efeitos sobre biofilmes patogênicos orais. Assim, formulações com diferentes concentrações de clorexidina foram preparadas e avaliadas visualmente em relação à sua integridade física nas condições de crescimento dos biofilmes, seguido de ensaio de liberação em meio estático utilizando tampão como meio de dissolução (meio de dissolução convencional). A formulação selecionada foi submetida a ensaios de liberação em meio estático contendo os diferentes caldos de cultura bacterianos como meio de dissolução. Na segunda etapa do trabalho, o efeito da formulação selecionada foi avaliado em biofilmes cariogênicos de Streptococcus mutans ou biofilmes periodontopatogênicos de Porphyromonas gingivalis. Biofilmes de S. mutans (n=6) ou P. gingivalis (n=3) foram formados em caldos de cultura sob lâminas de vidro por 6 e 3 dias, respectivamente, sendo expostos a um dos seguintes tratamentos: 1) Formulação contendo 92% de quitosana e 8% de hidroxipropil metilcelulose (CV, como controle do veículo) ou 2) Formulação contendo 82% de quitosana, 8% de hidroxipropil metilcelulose e 10% de clorexidina (CHX, grupo experimental). Um grupo sem exposição à formulação foi incluído como controle negativo (CN). Após o período experimental, a viabilidade bacteriana, o pH dos biofilmes e a quantificação de clorexidina liberada para os caldos de cultura foram determinados. Os dados foram analisados estatisticamente por teste de Tukey-Kramer e Tukey, sendo o nível de significância estabelecido em 5%. Os resultados sugerem que ainda que a liberação de clorexidina da formulação nos caldos de cultura de S. mutans e P. gingivalis tenha sido menor se comparada ao meio de dissolução convencional (p<0,05), o efeito biológico promovido foi observado para ambos os biofilmes. Para o pH dos biofilmes de S. mutans, os grupos CN e CV não apresentaram diferença entre si (p>0,05), mas apresentaram quedas de pH maiores se comparados à CHX (p<0,05). CHX também resultou em menor viabilidade bacteriana dos biofilmes se comparada aos controles (p<0,05), que não apresentaram diferença entre si (p>0,05). Para P. gingivalis também houve mais morte celular nos biofilmes expostos à CHX (p<0,05) mas CV também apresentou perda de viabilidade em comparação à CN (p<0,05). Apesar da liberação de clorexidina da formulação ter sido dificultada pela presença dos microrganismos, os resultados sugerem que o sistema de liberação obtido foi capaz de diminuir a patogenicidade dos biofimes de Streptococcus mutans e de Porphyromonas gingivalis. Assim, o presente estudo sugere a importância de aliar os estudos de diferentes áreas de conhecimento de forma a contribuir no planejamento das formulações, vislumbrando futuros benefícios clínicos para o controle das doenças orais. |