Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Ré, Ana Carolina dos Santos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/60/60137/tde-30062017-152215/
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Resumo: |
O perfil de liberação e o efeito de um sistema de liberação prolongada contendo metronidazol, antimicrobiano prescrevido para o tratamento da periodontite, foram avaliados na presença de biofilmes supra e subgengivais, representados respectivamente pelas bactérias Streptococcus mutans e Porphyromonas gingivalis. Os biofilmes foram crescidos e expostos ao sistema de liberação prolongada contendo metronidazol (MDZ) ou ao controle de veículo da formulação (CV), composto de monoglicerídeos e monoesterato de sorbitano. Biofilmes não tratados foram utilizados como controle negativo (CN). Os biofilmes e os meios de cultura de S. mutans foram coletados após a primeira exposição aos tratamentos nos tempos 24, 48, 72 e 96 horas enquanto para biofilmes de P. gingivalis os tempos foram 24, 48 e 72 horas. Após coleta, os biofilmes foram analisados em relação à quantificação de fármaco e viabilidade bacteriana (biofilmes de S. mutans: n=3; biofilmes de P. gingivalis: n=6). Biofilmes de S. mutans também foram avaliados em relação à acidogenicidade. Nos biofilmes supragengivais, a quantificação de MDZ nas primeiras 24 horas foi de 7% em relação à concentração inicial de fármaco na formulação, permanecendo em torno de 1% para os demais tempos. O teor de MDZ liberado da formulação reduziu a viabilidade bacteriana no tempo 24 horas e diminuiu a acidogenicidade dos biofilmes por 48 horas em relação aos grupos CV e NC (p<0,05). Já para os biofilmes subgengivais, 19% de MDZ foram liberados da formulação nas primeiras 24 horas e 5% do fármaco foram quantificados nas análises dos demais tempos. O antimicrobiano liberado reduziu a viabilidade bacteriana em todos os tempos em relação à CV e NC (p<0,05), não sendo diferente estatisticamente entre si (p>0,05). O grupo CV apresentou menor viabilidade bacteriana se comparado ao grupo CN (p<0,05), mas maior viabilidade em comparação ao grupo MDZ em todos os tempos (p<0,05). De uma forma geral, o sistema de liberação prolongada proposto neste estudo foi capaz de inviabilizar a proliferação de biofilmes de P. gingivalis e de desestabilizar biofilmes de S. mutans. Além disso, os microambientes originados pelos biofilmes interferiram na cinética de liberação do metronidazol, diminuindo sua disponibilidade biológica. Assim, considerando a continuidade do biofilme sub e supragengival, torna-se interessante aprofundar os estudos sobre formulações que possam inibir biofilmes subgengivais ao mesmo tempo em que desestabilizam biofilmes supragengivais, evitando a rápida recolonização dos nichos periodontais tratados. Em acréscimo, a possibilidade de estudar parâmetros operacionais de desenvolvimento da formulação farmacêutica utilizando-se modelos de biofilmes patogênicos pode ser considerada em futuros estudos |