Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Alves, Mariana Correia de Oliveira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42136/tde-08042020-152206/
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Resumo: |
A saliva é um fluido biológico composto por eletrólitos e proteínas, que tem suma importância na homeostase bucal e geral do indivíduo. É produzida a partir das glândulas salivares maiores (submandibular, sublingual e parótida) e das glândulas salivares menores (espalhadas por toda a mucosa bucal e língua). A estimulação da salivação se dá por ativação do sistema nervoso autônomo (receptores <font face = \"symbol\">a2 e <font face = \"symbol\">b2-adrenérgicos e M1 e M3 colinérgicos), o que desencadeia cascatas metabólicas com abertura de canais iônicos, que conduzem a liberação de eletrólitos, água e proteínas para os ductos das células acinares, que vão desembocar na cavidade bucal. Nas últimas décadas tem-se demonstrado que o sulfeto de hidrogênio (H2S) é um gasotransmissor envolvido em diversos sistemas fisiológicos, desempenhando importante papel nos sistemas cardiovascular, nervoso central e digestório, além de ter grande importância moduladora do processo inflamatório. Não obstante, a eventual participação do H2S nos aspectos qualitativos/quantitativos da salivação é ainda desconhecida. Por esse motivo decidimos estudar a presença deste gasotransmissor no processo de salivação e a sua interferência na secreção de -amilase. Para este estudo utilizamos glândulas salivares submandibular e sublingual de camundongos para avaliar a secreção ex-vivo da enzima <font face = \"symbol\">a-amilase, assim como a participação do H2S endógeno (empregando inibidores da sua produção enzimática) e os efeitos do H2S exógeno (utilizando doadores de H2S). Ainda avaliamos a geração de sulfeto por homogenatos de glândulas salivares e mediante técnicas de Western-blotting e RT-PCR analisamos a expressão proteica e gênica das enzimas geradoras de H2S nestes homogenatos.Nossos achados mostram que as glândulas salivares estudadas expressam as enzimas responsáveis pela síntese de H2S (CSE, cistationina-<font face = \"symbol\">g-liase e 3MST, 3-mercaptopiruvato sulfotransferase). Incubação dessas glândulas com o agonista isoproterenol (via simpática) ou carbacol (via parassimpática) na presença de ácido amino-oxiacético (AOAA) causou significativa redução na secreção de <font face = \"symbol\">a-amilase. Por outro lado, a presença do reagente de Lawesson, um doador orgânico de H2S no meio de incubação das glândulas, na presença do agonista isoproterenol (via simpática) ou carbacol (via parassimpática) resulta em aumento da secreção de <font face = \"symbol\">a-amilase quando utilizado na concentração de 1 <font face = \"symbol\">mM. Nossos resultados são coerentes com a visão de que o H2S potencializa a secreção ex-vivo de <font face = \"symbol\">a-amilase estimulada pelo sistema nervoso autônomo simpático (mediada pelos receptores <font face = \"symbol\">b-adrenérgicos) e parassimpático (mediada por receptores muscarínicos) em camundongo. Estes achados podem contribuir futuramente com o desenvolvimento de fármacos utilizados no tratamento de pacientes com disfunções salivares com a intenção de diminuir os inúmeros efeitos colaterais associados aos parassimpatomiméticos atualmente no mercado. |