Mortalidade por causas externas em mulheres de 10 a 49 anos, nas capitais brasileiras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Ribeiro, Tâmara Régia Tôrres de Melo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-04052021-130631/
Resumo: Acidentes e violências estão entre as principais causas de morbidade e mortalidade, sendo seu aumento visto como um sério problema de Saúde Pública. Está em segundo lugar no Brasil, como causa de morte e, embora a maior proporção esteja entre homens jovens, observa-se crescimento dessa causa entre as mulheres. O objetivo deste trabalho é estudar óbitos por causas externas de mulheres de 10 a 49 anos, nas capitais brasileiras, no primeiro semestre de 2002, com base no Estudo de Mortalidade de Mulheres de 10 a 49 anos - Projeto \"Gravidez, Parto e Puerpério\" de Laurenti e colaboradores. Foram a terceira causa de morte nessa população, com taxa de mortalidade igual a 16,2 por 100.000 mulheres. Homicídios, acidentes de transporte e suicídios foram os principais tipos. Arma de fogo foi o meio mais utilizado nos homicídios; os acidentes de transporte ocorreram principalmente por atropelamento e, nos suicídios, predominou o uso de pesticidas e drogas. Em 43,4% dos suicídios, houve referência familiar a algum tipo de transtorno mental, verificando-se a depressão em 71% desses casos. Mortes por causas externas de mulheres durante o ciclo gravídico puerperal ampliado (ocorridas durante a gravidez ou até 364 dias após o seu término) representaram 6,7% do total de óbitos, sendo 57,3% por homicídio e 28,9% por suicídio, valores proporcionalmente maiores em relação às demais mulheres. Nos casos de suicídio, a depressão foi referida em 50% entre grávidas e 60% entre puérperas. Os resultados mostram aspectos importantes e indicam caminhos a serem seguidos para uma reversão desse quadro.