Padrões espaço-temporais da mortalidade materno infantil e a violência contra a mulher no Estado de São Paulo de 2009 a 2016

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Moreira, João Paulo Lima
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17139/tde-25082020-093054/
Resumo: O objetivo deste estudo foi realizar uma análise espaço-temporal sobre os fenômenos mortalidade infantil, fetal, materna e morte feminina por agressão ocorridos no Estado de São Paulo entre os anos de 2009 e 2016. Tratou-se de um estudo ecológico definido pela divisão administrativa da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, os Departamentos Regionais de Saúde, utilizando dados referentes a nascidos vivos, morte infantil, morte fetal, morte materna e morte por causas externas, especificamente a agressão a pessoa do sexo feminino. Os dados foram obtidos pelo Sistema de Informática do Sistema Único de Saúde, divididos por municípios e reagrupados em Departamentos Regionais de Saúde. Foram calculados os coeficientes de mortalidade para cada indicador e uma análise descritiva por meio da Razão Padronizada de Mortalidade e intervalos de confiança. Também foram construídos diagramas e cartogramas para melhor visualização e interpretação dos dados, e os valores nos cartogramas foram classificados em quantis. Dados do número de processos em segunda instância foram retirados do site do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo com o descritor \"Lei 11.340\", por munícipio e reagrupados em Departamentos Regionais de Saúde. Além disso, também foram construídos cartogramas com o número de equipes de Estratégia de Saúde da Família por município e porcentagem da população atendida. Constatou-se 4.898.609 nascimentos, 56.599 mortes infantis, 43.615 mortes fetais, 2207 mortes maternas e 4798 óbitos femininos por agressão e 11.423 recursos em segunda instância. Foi encontrado no DRS-12 Registro as mais altas Razões Padronizadas de Mortalidade para mortes infantil, fetal e feminina por agressão e no DRS-4 Baixada Santista para mortes infantil, fetal e materna. Em contrapartida as menores Razões padronizadas de Mortalidade foram encontradas no DRS-15 São José do Rio Preto, nos quatro indicadores de mortalidade. Os DRS-15 São José do Rio Preto, DRS-1 São Paulo e DRS-6 Bauru foram os que apresentaram maior número de recursos em segunda instância, e os menores números foram observados nos DRS-12 Registro e DRS-5 Barretos. Foi observado que o DRS-15 São José do Rio Preto trata-se de uma região bem assistida em equipes de Estratégia de Saúde da Família, diferente do DRS-4 Baixada Santista. Enquanto o primeiro Departamento Regional de Saúde é constituído basicamente por pequenos municípios, o segundo é o terceiro maior aglomerado urbano do Estado de São Paulo, e o menor em número de municípios, e fatores como a geografia da região dificultam o acesso da população aos serviços de saúde. A espacialização da mortalidade infantil mostrou um contínuo contorno geográfico entre os três Departamentos Regionais de Saúde com as maiores Razões Padronizadas de Mortalidade, assim como a mortalidade fetal, com os dois Departamentos Regionais de Saúde com maiores Razões Padronizadas de Mortalidade e o número de recursos por mulher. Diferente dos Departamentos Regionais de Saúde relacionados as mortes maternas, e morte por agressão.