Impacto da COVID-19 em mulheres com câncer de mama em tratamento quimioterápico: adesão às medidas de prevenção e influências no nível de estresse

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Bonafim, Carolina Mariottini
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-06102023-135221/
Resumo: O câncer de mama, considerado uma doença com alta taxa de morbidade e mortalidade em mulheres em todo o mundo, teve o cenário agravado diante da pandemia da COVID-19. Além disso, este grupo de pacientes demonstrou-se propenso a distúrbios psicológicos neste período, uma vez que, associadas à própria situação da pandemia, que pode ser considerada geradora de estresse, as medidas como o isolamento contribuíram para o aumento desse estresse, do medo e da ansiedade das pessoas. Considera-se importante a adoção de medidas de prevenção e manejos especiais e específicos voltados aos pacientes oncológicos, reduzindo a possibilidade de infecção pela COVID-19. Considerando tal aspecto, as mulheres diagnosticadas com câncer de mama necessitam de canais de comunicação acessíveis para entendimento e adesão às medidas de prevenção contra a COVID-19. O presente estudo objetivou analisar as medidas de prevenção contra COVID-19 adotadas por mulheres com câncer de mama em tratamento quimioterápico e o impacto no nível de estresse. Foi desenvolvido um estudo descritivo, observacional, transversal, com mulheres diagnosticadas com câncer de mama e em tratamento quimioterápico endovenoso. A divulgação, o recrutamento e a coleta dos dados foram realizados on line. Para a coleta dos dados foi elaborado e validado (quanto à forma e aparência) um formulário contendo dados sociodemográficos e uso de medidas de prevenção contra a COVID-19, além da utilização da Escala de Estresse Percebido- PSS. Os dados coletados na plataforma online Google Forms foram transferidos para uma planilha do Excel. Os dados foram tratados no programa estatístico R project 4.03 no pacote STATS e a função glm. Foram incluídas 66 mulheres com câncer de mama, média 38,2 anos, a maioria era casada, com ensino superior completo; apresentava conhecimento adequado frente a pandemia de COVID-19, quanto ao reconhecimento dos principais sintomas, as formas de prevenção, e 51,1% acreditavam que a pandemia interferiu de alguma forma no seu tratamento quimioterápico. Os resultados mostraram que mulheres apresentavam níveis de estresse percebido, expressado, em diferentes graus, por meio de sentimento de tristeza, de incapacidade e de irritação. Quanto maior a idade, maior foi o escore de estresse percebido (teste de Regressão Linear Simples; t = 2,157 e p = 0,03). Das variáveis escolaridade, estado civil, cor da pele e sistema de saúde utilizado sob o escore de estresse percebido, somente a cor da pele influenciou resultados estatisticamente significativos (teste de ANOVA; F = 3,28 e p = 0,04). Em situações de pandemias, portanto, é importante observar e investir na saúde mental e estado psicológico dos pacientes oncológicos em tratamento, visto que eles têm maiores chances de apresentar alterações nos níveis de estresse percebido.