Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Bueno, Giselle Madureira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8151/tde-15052007-200653/
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Resumo: |
Este trabalho é uma reflexão sobre Grande sertão: Veredas de João Guimarães Rosa. Tendo como foco a temática da violência, primeiramente abordamos os questionamentos éticos, religiosos e intelectuais do velho Riobaldo sobre esse problema em sua associação com o mal, conforme ele o trama nos causos iniciais da obra. Ganham relevo aqui as indagações sobre as causas ou razões da violência e a especulação sobre a doutrina quelemeniana e seus compassos e descompassos com o ponto de vista do autor. Em segundo lugar, estudamos a relação da massa dos camaradas e dos comandantes com o código de honra, cuidando de salientar os vários jogos aí observáveis: por exemplo, jagunço por eleição/jagunço por condição, tradição/invenção, liberdade/fatalidade. Em seguida, discutimos a chefia autoritária de Urutu-Branco, fruto, ao mesmo tempo, de uma vontade despótica e ausente, e encerrada em aporias que embaralham as tentativas do narrador de dar sentido à sua existência, calcular perdas e ganhos e cerzir as veredas de sua redenção. Finalmente introduzimos o conceito de trauma e experimentamos sua fertilidade e limites para pensar o caráter ambíguo da violência no Grande sertão: Veredas: às vezes, assimilável e representável, às vezes, de tal modo desnorteante que se apequenam melancolicamente essas possibilidades. É neste ponto também que se concentram comentários sobre violência e forma narrativa. |