Ser no mundo e ser com o outro: experiências vividas em um festival de ginástica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Patricio, Tamiris Lima
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/39/39136/tde-16032022-170822/
Resumo: Com base na fenomenologia de Merleau-Ponty, compreendemos que a experiência vivida é a nossa forma mais pura de conhecimento e é por nossas relações corporais que vamos significando o mundo. Neste sentido, o objetivo desta tese foi identificar as experiências vividas por um grupo que participou da Ginastrada Mundial (GM) no ano de 2019 em Dórnbirn (Áustria) festival de Ginástica para Todos (GPT) realizado pela Federação Internacional de Ginástica. Nosso intuito foi compreender como essas experiências se configuraram nos relatos dos participantes sobre as oportunidades que um evento pode proporcionar. Ponderamos o resgatar das descrições como ações exploratórias em consonância à redução fenomenológica. Escolhemos a observação participante, utilizando diários de campo e registros audiovisuais. Após o evento, convidamos cada um dos 16 participantes para uma entrevista em profundidade e estudamos suas mídias sociais como método visual. Para confiabilidade das ações, tivemos o apoio de uma amiga crítica e optamos pela checagem de membros, devolvendo uma narrativa a cada entrevistado para confirmação de nossas descrições. Como última etapa, enviamos um questionário sobre aspectos do grupo e da participação no festival. Para além da redução fenomenológica, aderimos à análise fenomenológica, descrevendo as percepções tal qual foram sendo compiladas, observando as similitudes e diferenças. Mesmo com temáticas híbridas, identificamos reflexões acerca desses corpos que perpassaram as individualidades e as relações interpessoais. Percebemos que a GM proporcionou a incorporação de identidades modos de ser-no-mundo, como também potencializou o encontro corpo-outro. O coletivo experenciou situações de extrema alegria, tristeza e preocupação, cujas marcas se aprofundam em suas memórias. Pudemos refletir sobre a atmosfera promovida pelo evento, assim como as emoções compartilhadas que tocaram o modo de ser-junto dos nossos colaboradores. No que tange a GPT, o festival revelou sua pluralidade e possibilidade inclusiva que tocou os membros do grupo. Por fim, corroboramos com a literatura vigente no que diz respeito aos festivais ginásticos como oportunos espaços motivacionais de interação social e aprendizado