Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Araujo, Cleide Rejane Damaso de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-16012014-162334/
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Resumo: |
O crescimento do número de idosos na população é uma tendência mundial. Paralelamente a este fenômeno, surge a prevalência das doenças crônicas, dentre elas as Doenças Cardiovasculares (DCVs) que, muitas vezes, requerem internações hospitalares e tratamentos com múltiplos fármacos. A associação de vários fármacos pode acarretar eventos adversos como as interações medicamentosas (IM) que comprometem a eficácia do tratamento e a segurança do paciente. Uma medida que pode evitar algumas das IMs é o ajuste nos horários de administração dos medicamentos, realizado pelo enfermeiro no aprazamento dos horários, evitando a sobreposição de fármacos. Assim, objetivou-se analisar a ocorrência de sobreposições de medicamentos e de IMs potenciais, durante a internação de idosos com DCVs, na clínica médica, em enfermarias da especialidade cardiologia de um Hospital Universitário, do Estado da Paraíba, nos anos de 2010 e 2011. Trata-se de um estudo não experimental, retrospectivo, exploratório e realizado a partir da análise de dados de natureza secundária contidos nos prontuários dos idosos. A coleta de dados foi realizada no período de junho a agosto de 2012. Foram estudados 135 idosos com diagnóstico de DCV, com média de idade de 71,6 anos para as mulheres e 70,7 para os homens, sendo 65% do sexo masculino. A média de dias de internação foi de 15,3 dias (dp=11,7). Em relação ao diagnóstico médico de DCV, 55,6% possuíam hipertensão arterial sistêmica e 40,8%, insuficiência cardíaca. Quanto ao diagnóstico de doenças não cardiovasculares, 42,2% possuíam diabetes mellitus e 23,0%, alguma doença pulmonar. A média de medicamentos prescritos foi de 14,8 (dp=5,8), sendo 59,4% de medicamentos não cardiovasculares e 40,6% de cardiovasculares; houve 59,7% de sobreposições de medicamentos cardiovasculares administrados com outros não cardiovasculares. Quanto aos horários de maiores sobreposições, 39,4% (média 10,3 e dp= 4,9) delas ocorreram no horário das 6 horas e 21,2% (média 5,6 e dp=3,6), no horário das 18 horas. Com relação às IMs, identificaram-se 143 pares de medicamentos com potenciais para interação entre os medicamentos cardiovasculares prescritos, 273 pares entre os medicamentos não cardiovasculares prescritos e 320 pares entre os medicamentos cardiovasculares prescritos e os não cardiovasculares prescritos. O número de sobreposições e o índice de IMs evidenciados neste estudo chamam a atenção para a necessidade de investimentos na capacitação dos profissionais da saúde, envolvidos neste processo, para o monitoramento mais efetivo da terapêutica medicamentosa, pois, mesmo que os idosos não apresentem reações adversas relacionadas às interações, o risco existirá, podendo comprometer sua segurança |