Perfil de idosos internados na unidade de clínica médica de um hospital geral terciário

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Prado, Caroline Padovan
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-27032012-153744/
Resumo: Os objetivos deste estudo foram: caracterizar os idosos internados na Clínica Médica de um Hospital Geral Terciário, do interior paulista, segundo: variáveis sociodemográficas, estilo de vida, condições de saúde, acesso aos serviços de saúde e rede de apoio familiar e social; identificar a capacidade cognitiva, a capacidade funcional e a presença de sintomas de depressão desses idosos; verificar a existência de associação entre a variável queda com as variáveis faixa etária, sexo, déficit cognitivo, uso de óculos, hábito de beber e presença de sintomas de depressão; e verificar a existência de associação entre a variável déficit cognitivo com as variáveis faixa etária, sexo e estado conjugal. Trata-se de um estudo não experimental, descritivo e transversal. Realizado com idosos, internados na Clínica Médica, do referido hospital, no período de abril a julho de 2011. Para a coleta de dados, utilizaram-se o Miniexame do Estado Mental (MEEM), uma readaptação do Older Americans Resources and Services (OARS) e a Escala de Depressão Geriátrica (EDG). Foram estudados 105 idosos, média de idade de 73,8 anos (s=8,9); 59,0% eram homens; 62,9% moravam com esposo(a) ou companheiro(a); 47,6% estudaram de um a quatro anos; 90,5% eram aposentados. Quanto ao estilo de vida, 80,0% não fumavam atualmente; 71,4% consumiam bebida alcoólica; 66,7% não praticavam atividade física. Com relação à saúde, 72,4% a autoavaliaram como \"Boa\"; 56,2% tinham diagnóstico de hipertensão arterial e 22,9 de fibrilação atrial; para 78,1% todos os medicamentos eram receitados pelo médico; 91,4% avaliaram sua visão como \"Boa\"; 23,9% faziam uso dos óculos; 39,0% caíram nos últimos 12 meses; 23,8% caíram de três a quatro vezes. Quanto ao acesso aos serviços de saúde e à rede de apoio familiar e social, 96,2% utilizavam Hospital Público e estavam satisfeitos; para 45,7%, o esposo(a) ou companheiro(a) foi a primeira menção para cuidador na presença de incapacidades. Na avaliação cognitiva pelo MEEM, 34,3% apresentaram cognição comprometida. Quanto ao desempenho para as AVDs, no momento da admissão, 81,9% apresentavam algum grau de dificuldade nas ABVDs e 86,7% nas AIVDs; durante a hospitalização, 89,5% e, no momento da alta, 84,8% realizavam as atividades básicas com dificuldades. Os sintomas de depressão estiveram presentes em 54,3% dos idosos, média de 5,4 (s=2,5). Observou-se associação entre a presença de quedas e o uso de óculos (p<0,01) e entre a presença de déficit cognitivo e a faixa etária (p=0,04). A identificação do perfil e das necessidades dos idosos hospitalizados pode subsidiar o planejamento da assistência, com enfoque multiprofissional.