Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Pacheco, Mariana Poltronieri |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5168/tde-27112023-153022/
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Resumo: |
Introdução: O desenvolvimento de doença renal crônica (DRC) após o transplante hepático (TH) tem forte impacto na sobrevida dos pacientes. Em razão da sua natureza multifatorial, identificar com precisão os pacientes sob risco e desenvolver estratégias preventivas são de extrema importância. Entretanto, são poucos os estudos em nosso meio que avaliaram a frequência de DRC pós-TH e fatores associados, assim como inexistem estudos avaliando o papel da elastografia renal nesse cenário. Métodos: Estudo transversal, unicêntrico, realizado em pacientes submetidos à TH há pelo menos um ano, em seguimento ambulatorial regular. Características demográficas, clínicas e laboratoriais foram avaliadas pré e pós-TH. Para avaliação da TFG, foram utilizadas equações baseadas na medida sérica da creatinina (CockcroftGault, MDRD-4 e CKD-EPI), assim como através da depuração do 51Cr-EDTA. A elastografia renal por ARFI (Acoustic Radiation Force Impulse) foi realizada com aparelho de ultrassom Siemens Acuson S200. Resultados: Foram incluídos 185 pacientes, sendo 68,09% homens, com média de idade de 55,6 anos, tendo a hepatite C como a etiologia da doença hepática mais frequente. O tempo médio pós-TH foi de 9,1 anos e a frequência de DRC pelas fórmulas Cockroft Gault, MDRD-4 e CKD-EPI foi de 36,25%, 47,81% e 45,09%, respectivamente. A concordância média entre as fórmulas foi moderada, com maior força no par MDRD-4 x CKDEPI. Os fatores associados à DRC na regressão logística univariada foram HAS pré e pós TH e uso de prednisona, mantendo-se significante na análise multivariada HAS pós-TH (OR: 38,241; IC95%:4,025 363,37; p=0,002), além de esteato-hepatite não alcóolica(OR: 1,491; IC95%:1,234 3,777; p=0,032) e hepatite B (OR: 0,019; IC95%:0,001 0,448; p=0,014).Realizou- se em 17 pacientes a depuração renal de 51Cr-EDTA, que apresentou correlação moderada com a TFG estimada pela fórmula MDRD-4. No subgrupo (n=32) que realizou a avaliação através do ARFI renal, na detecção de DRC grave, o teste apresentou sensibilidade de 99%, especificidade de 75% e valor preditivo negativo de 100% no ponto de corte de > 2,18 m/s, com área sob a curva ROC de 0,903. Conclusões: DRC avaliada pela fórmula MDRD-4 acomete quase metade dos transplantados hepáticos. HAS pós-TH e esteato-hepatite não alcoólica estiveram associadas à DRC pós TH, enquanto hepatite B apresentou associação negativa com DRC. A elastografia renal por ARFI pode ser útil na identificação de paciente com DRC grave nesse contexto, porém novos estudos são necessários |