Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Camargo, Priscila Cilene Leon Bueno de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5150/tde-09112021-133205/
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Resumo: |
Introdução: O transplante pulmonar é um tratamento bem estabelecido para pneumopatias graves e terminais, com um número crescente de procedimentos realizados a cada ano. Após a instituição do tratamento com inibidores de calcineurina, houve um aumento da sobrevida dos pacientes transplantados de órgãos sólidos. Apesar disso, cerca de 50% dos transplantados pulmonares evoluem com disfunção crônica de enxerto (DCE) após 5 anos do transplante, sendo esta a principal causa de óbito após o primeiro ano do procedimento. Diversos estudos buscam encontrar os fatores associados ao risco de desenvolver DCE. A monitorização dos níveis terapêuticos dos inibidores de calcineurina pode ser um fator preditor do risco de desenvolvimento de DCE e rejeição celular aguda. Objetivos: O objetivo primário do presente estudo foi avaliar a correlação do tempo em que os pacientes transplantados de pulmão permaneceram no alvo terapêutico de inibidores de calcineurina com o desenvolvimento de disfunção crônica do enxerto e rejeição aguda. Métodos: Em uma coorte retrospectiva, foram analisados todos os pacientes submetidos a transplante pulmonar no serviço de transplante pulmonar do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da FMUSP, de janeiro de 2003 a outubro de 2016, que iniciaram seguimento ambulatorial após a primeira alta hospitalar depois do transplante. Foram excluídos pacientes que perderam seguimento ambulatorial, deixaram de utilizar inibidores de calcineurina, foram submetidos a retransplante (o segundo transplante foi excluído) ou apresentaram dados insuficientes em prontuário. Foram coletados dados de prontuário para cálculo do tempo em alvo terapêutico (TAT) dos inibidores de calcineurina, considerando o nível sérico (TAT exame), e a percepção da equipe considerando o nível sérico como adequado (TAT equipe). Tais valores foram correlacionados com a evolução para DCE. O tempo de seguimento analisado foi do transplante até a última visita hospitalar, óbito ou retransplante, até o momento da coleta dos dados, ou até o desfecho disfunção crônica do enxerto. Este tempo foi subdividido em 0 a 6 meses após o transplante, 6 meses a 1 ano, 1 a 5 anos, > 5 anos, e tempo total de seguimento. Resultados: Foram realizados 283 transplantes de pulmão no período. Destes, 181 pacientes apresentaram critérios para análise e, destes, 81 (44,8%) apresentaram critérios para DCE. O tempo médio de seguimento foi de 6,19 anos. A equipe consistentemente considerou os pacientes com maior tempo dentro do alvo terapêutico em relação ao exame em todos os períodos analisados. Na análise multivariada, houve associação entre TAT equipe no tempo total de seguimento e tempo em imunossupressão total de acordo com a equipe com o desenvolvimento de DCE (p= 0,02 e 0,023, respectivamente). Conclusões: A avaliação multidimensional da equipe quanto a imunossupressão adequada é significativo preditor de DCE e superior à análise unidimensional do nível sérico |