Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1999 |
Autor(a) principal: |
Serrão, Julio Cerca |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/39/39132/tde-07112023-141456/
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Resumo: |
Esta tese tem por objetivo analisar a influência do calçado esportivo no movimento humano. O experimento 1, objetivou a análise biomecânica do calçado de corrida durante seu ciclo de utilização, o experimento 2 estendeu essa análise para os calçados de Futsal, e experimento 3 objetivou a análise da locomoção sem o uso do calçado esportivo. Para tanto, foram utilizadas uma plataforma de força piezoelétrica, um eletrogoniômetro, e um eletromiógrafo, segundo procedimentos e protocolos metodológicos de controle experimental que permitiram análise e interpretação das variáveis. Para os resultados dos experimentos 1 e 2, as alterações mais expressiva e consistentes foram observadas na corrida com os calçados de Futsal, dentre as quais se destacaram o aumento do primeiro pico da força vertical (17,26%), do gradiente de crescimento 1 (56,25%), do segundo pico da força vertical (3,43%), do incremento da força vertical (14,81%), do gradiente de crescimento 2 (25,00%), e a redução do tempo para o primeiro pico da força vertical (22,50%). No entanto, a análise intra-sujeitos, mostrou que alguns sujeitos mantiveram condições biomecânicas satisfatórias à realização do movimento apesar do desgaste do calçado. Dentre as alterações observadas no experimento 3, destacam-se a significativa redução do tempo para o primeiro pico da força vertical do calçado para o descalço e o surgimento de novos picos de força na locomoção na última condição. Observou-se ainda a antecipação do pico de atividade do m. vastus lateralis (de 11,85 ± 5,27% para 7,69 ± 5,50%) e do m. gastrocnemius (de 69,44 ± 2,93% para 50,65 ± 27,67%) na marcha, e também na corrida (de 29,23 ± 9,21% para 19,00 ± 9,84%, e de 32,63 ± 12,49% para 28,81 ± 11,41%, para o m. vastus lateralis e o m. gastrocnemius , respectivamente). Concluí-se que a influência exercida pelo calçado esportivo sobre o movimento humano não parece ser mais expressiva do que a exercida pelo aparelho locomotor, que se mostrou capaz de garantir condições biomecânicas favoráveis à boa manutenção do movimento mesmo em situações adversas. Tais fatos sugerem que os esforços na busca da execução segura e eficiente do movimento humano, devem estar voltados primordialmente para o desenvolvimento das estruturas e funções do aparelho locomotor, e não apenas para a seleção e desenvolvimento do calçado esportivo. Destaca-se ainda a necessidade da utilização de ferramentas que facilitem a diferenciação da variabilidade do movimento da variabilidade induzida pelo calçado, sempre que a análise do movimento for a estratégia escolhida para analisar a influência do calçado no movimento humano |