Análise da resposta neuromuscular, equilíbrio postural e qualidade de vida em diabéticos tipo 2 após treinamento sensório-motor: ensaio clínico randomizado controlado cego

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Pletsch, Ariane Hidalgo Mansano
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17152/tde-07062017-143143/
Resumo: O Diabetes Mellitus tipo 2 (DM-2) é uma doença crônica degenerativa com alta prevalência, e considerada um grande problema de Saúde Pública que tem como complicações o déficit funcional de membros inferiores e as quedas que podem interferir na manutenção do equilíbrio, além de reduzir a qualidade de vida (QV). Assim, o objetivo foi analisar a qualidade de vida, o equilíbrio postural estático e as respostas neuromusculares de DM-2, após o treinamento sensório-motor supervisionado e domiciliar. O ensaio clínico randomizado cego foi conduzido com oitenta DM-2, faixa etária entre 45 a 64 anos, de ambos os sexos, foram randomizados em três grupos: GC - Grupo Controle (n=27), GT-D - Grupo Treinamento Domiciliar (n=27) e GT-S - Grupo Treinamento Supervisionado (n=26). A intervenção foi realizada por 12 semanas, 2 vezes por semana, sendo dividida em três fases: aquecimento, treinamento sensório-motor e desaquecimento, com monitoramento da pressão arterial e glicemia. A variável primária foi o equilíbrio estático e as secundárias foram as medidas de sensibilidade tátil,sinais e sintomas de polineuropatia diabética, qualidade de vida, as variáveis eletromiográficas e isocinéticas de flexo-extensores de joelhos. Foi aplicado o teste de Wilcoxon para as comparações entre os tempos pré e pós-intervenção e Kruskal-Wallis, seguido de post hoc Dunn, para as comparações intergrupos, ambos com nível de significância de 5% e o coeficiente d de Cohen para descrição do tamanho do efeito da intervenção. Os resultados da avaliação inicial, demonstraram uma adesão ao tratamento acima de 90%. A sensibilidade tátil e vibratória, demonstraram ausência de sintomas de neuropatia periférica nos pacientes diabéticos. Nas comparações entre os tempos, houve aumento significativo da classificação sem sintomas de polineuropatia distal diabética nos grupos GT-D e GT-S (p<0,05) bem como apresentaram melhor desempenho para a amplitude de deslocamento médio-lateral com olhos abertos, nos grupos GT-D e GT-S (p<0,05), bem como a área elíptica com olhos abertos no GT-S (p<0,05). As avaliações isocinéticas e eletromiográficas não apresentaram diferença significativa, seja intra ou intergrupo. A conclusão é que o protocolo de intervenção influenciou positivamente apenas no equilíbrio postural estático no eixo médio-lateral nos DM-2 tratados em domicílio e supervisionado, mas não influenciou na Qualidade de Vida, houve excelente adesão e melhora da sintomatologia referida pelos voluntários dos grupos tratados