Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2005 |
Autor(a) principal: |
Arilha, Margareth |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6136/tde-30042021-130240/
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Resumo: |
Políticas públicas de saúde sexual e reprodutiva, em geral dirigidas a mulheres, vêm considerando a inclusão de homens - para que \"participem\" e \"assumam responsabilidade\" paterna e familiar -, apoiando-se em discursos normativos originários das Nações Unidas, os quais se baseiam no conceito de gênero, que lastreia o feminismo em sua demanda dos direitos das mulheres. Procedeu-se aqui à hermenêutica desse conceito em textos da ONU, em sua relação com os enunciados sobre homens, à luz da literatura de gênero e masculinidades, visando identificar suas possibilidades e limitações para expressar necessidades dos homens e assim orientar políticas destinadas à população masculina. Foram analisados os textos de oito Conferências Mundiais sobre População e Mulher desde 1974, além de aproximadamente 50 documentos de diversos órgãos da ONU. A perspectiva de gênero dominante nos discursos revelou-se atrelada ao conceito de divisão sexual do trabalho; a visão do masculino é cristalizada na do trabalhador, heterossexual e pai de família. Propostas daí derivadas não parecem adequadas para alcançar uma efetiva igualdade de gênero. Estudos recentes de masculinidades, sobre prevenção da aids ou da violência de gênero, parecem anunciar enfoque mais promissor, embora de forma incipiente, fragmentada e ainda voltada a atender demandas ou necessidades das mulheres. Sugere-se produzir consistentes diagnósticos mundiais sobre a situação da população masculina e promover ações que, em diálogo com o movimento de mulheres, identifiquem e incrementem a presença pública das demandas masculinas, tanto no nível da realidade local quanto global. |