Efeitos do desemprego prolongado na divisão sexual do trabalho: estudo de uma população masculina do ABC, SP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Jimenez, Luciene
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6135/tde-09032007-084009/
Resumo: Contextualização: Na última década, o expressivo aumento da taxa e do tempo de desemprego resultou no surgimento de grupos que há mais de um ano se encontram sem nenhum tipo de vínculo empregatício — desemprego prolongado. Os homens em idade produtiva e de baixa e média escolaridade; têm sido particularmente atingidos. Referencial Teórico: Os discursos normativos referentes à masculinidade e à feminilidade mantêm estreita relação com os lugares construídos para o homem, no mundo da produção; e para a mulher, no universo doméstico. As recentes mudanças nas formas de trabalho possivelmente estão promovendo aberturas para o surgimento de construções discursivas mais pluralizadas. Assim, a linguagem assume relevância enquanto uma instância possível de construção e transformação dos sentidos, em que estão implicados tanto os eventos sociais como os diferentes sujeitos. Objetivos: Investigar o lugar ocupado pelo trabalho e pela divisão sexual do trabalho nas subjetividades de homens atingidos pelo desemprego de longa duração. Método: Entrevistas semi-estruturadas e individuais, com quinze homens casados e desempregados há mais de um ano, residentes nos municípios de Diadema (SP) e São Bernardo do Campo (SP). Procedeu-se à Análise do Discurso do Sujeito Coletivo. Considerações: Os homens entrevistados conhecem e realizam várias formas de trabalho; contudo apresentam como referencial de vida o trabalho assalariado — emprego. Quanto à divisão sexual do trabalho, foram encontrados discursos que atribuem papéis diferenciados ao homem e à mulher, justificando-os a partir das características biológicas. Porém, foram identificados outros discursos que revelam um processo de transformação: a mulher realizando trabalhos com conteúdos masculinos e sustentando a família e os homens exercendo o cuidado dos filhos como exercício da paternidade.