Pinos de fibra de vidro coloridos em dentes tratados endodonticamente: efeito na alteração de cor da coroa, resistência de união à dentina e eficiência de remoção dos pinos em casos de reintervenção

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Pelozo, Laís Lima
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58133/tde-06112024-155903/
Resumo: A remoção de pinos de fibra pode ser desafiadora quando a reintervenção do canal radicular é necessária. Este estudo avaliou o efeito de um pino de fibra colorido experimental na mudança de cor da coroa, resistência de união à dentina e eficiência de remoção do pino durante a reintervenção do canal. Oitenta pré-molares tiveram as coroas seccionadas, os canais tratados e os espaços para pinos preparados. Os parâmetros de cor (&Delta;L*, &Delta;a* e &Delta;b*) foram medidos usando um espectrofotômetro. Vinte amostras foram escaneadas antes da cimentação dos pinos e após a remoção por meio de microtomografia computadorizada (micro-CT). Os dentes receberam um dos pinos de fibra (n=10): Controle - Pino Exacto (Angelus); Experimental - Pino de fibra colorido. A resina fluida foi usada para construir o núcleo de preenchimento e cimentar a restauração semidireta (Filtek Bulk Fill; cor A2). Foram calculadas as alterações de cor (&Delta;E00) e o índice de brancura (&Delta;WI). As raízes foram seccionadas para o teste de push-out após 24 horas e 12 meses. Durante a remoção do pino, foi avaliado o tempo de trabalho, perda de dentina, material residual, desvio do canal e qualidade do procedimento por micro-CT. Os dados foram analisados por ANOVA e Tukey para alterações de cor e resistência de união, teste Qui-quadrado para falhas de interface, teste-T e Mann-Whitney para avaliar os dados tridimensionais (&alpha;=0,05). Não foram encontradas alterações na cor da coroa/resina (&Delta;E00, p=0,230) e no índice de brancura (&Delta;WI, p=0,274) entre os pinos controle e coloridos. Após o envelhecimento, houve aumento no &Delta;E00 (p=0,031) e &Delta;W I (p<0,0001) para ambos os grupos. Não foram encontradas diferenças significativas na resistência de união entre pinos controle e coloridos (p = 0,1835). Após 12 meses, ambos os grupos apresentaram resistência de união inferior às amostras testadas imediatamente (p<0,0001). Houve predomínio de falhas adesivas em ambos os pinos (p < 0,05). O tempo médio de remoção foi menor para os pinos coloridos (p = 0,023). O desgaste dentinário e o material residual no grupo controle foram maiores que no grupo colorido (p < 0,0001). Desvios do eixo da raiz ocorreram em ambos os grupos, com ângulo de desvio maior (9,9º) para o grupo controle do que para o experimental (4,4º) (p < 0,0001). Não houve perfuração radicular quando os pinos removidos eram coloridos e houve taxa de 30% de perfuração ra raiz para o grupo controle. Pode-se concluir que a coloração dos pinos de fibra não afetou as propriedades estéticas e adesivas. Os pinos coloridos melhoraram o tempo, a qualidade e a segurança do procedimento de remoção do canal radicular.