Caracterizando a estrutura de ensino para o desenvolvimento de habilidades para empregabilidade em ambientes de inovação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Alves, Alessandro Pereira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/96/96133/tde-22042024-153514/
Resumo: Considerando as transformações ocorridas no mercado de trabalho com os impactos da revolução tecnológica, esta pesquisa objetivou identificar as habilidades requeridas pelo mercado de trabalho, como são desenvolvidas no âmbito das instituições de ensino, e analisar as características socioeconômicas, culturais e psicológicas dos discentes em relação à predisposição para o desenvolvimento de tais habilidades. Para tanto, foram realizadas entrevistas com gestores de empresas de tecnologia e de base tecnológica e com coordenadores de curso, além da aplicação de questionários a docentes e discentes, acatando-se os pressupostos filosóficos: (i) ontológico subjetivista, vislumbrando realidades múltiplas; (ii) epistemológico da fenomenologia hermenêutica, para descrever e interpretar os significados comuns dos diversos participantes; e, (iii) metodológicos, utilizando-se da lógica indutiva, com abordagem de análise majoritariamente qualitativa. A pesquisa foi fundamentada a partir do fenômeno da empregabilidade recorrendo às teorias do capital humano, do capital cultural, do capital social e dos tipos psicológicos, assim como do arcabouço conceitual e classificatório sobre as habilidades exigidas pelo mercado de trabalho. O resultado demonstrou as habilidades requeridas classificadas em habilidades intrapessoais e habilidades interpessoais, e que as habilidades ensinadas pelos docentes não contemplam de forma ampla as exigidas pelas empresas pesquisadas. Além disso, foi constatado que não há um instrumento de medição que pudesse certificar objetivamente que o aprendizado das habilidades tivesse sido efetivado. Os resultados mostraram também que algumas características dos discentes impactam de forma positiva (e negativa) no nível de predisposição para o desenvolvimento das habilidades. Foi possível explicar a relação com os perfis de turno do curso, estado civil, gênero, atitude extrovertida e a função de sensação, além da relação com o capital cultural, da atitude introvertida e da função introversão com as habilidades interpessoais. A pesquisa explica a relação com a atitude extrovertida tanto com as habilidades interpessoais quanto com as habilidades intrapessoais. Esses resultados confirmam a plausibilidade do modelo proposto, e que algumas das características identificadas nos discentes podem impactar no desenvolvimento das habilidades. Assim, conhecer o perfil dos discentes, realizar eventos para orientações de carreira, tal como ensinar as habilidades juntamente com as disciplinas (ou com atividades externas) e garantir que o aprendizado tenha ocorrido de fato, poderá ser fundamental para a motivação e pela busca e garantia de uma boa vaga de emprego. Por fim, os resultados da pesquisa apresentam implicações teóricas e práticas para os múltiplos focos apresentados, especialmente para empresas de tecnologia e de base tecnológica, para gestores, professores e estudantes das instituições de ensino, e para outros interessados. Ao localizar as lacunas específicas em cada curso e por suas regionalidades, a partir do conhecimento e do e treinamento dos gestores, docentes e discentes, seria possível melhorar o status institucional, as sinergias e, consequentente, a empregabilidade dos formandos.