Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Santos, Bianca Almeida Natali dos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5146/tde-09082021-114403/
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Resumo: |
Introdução: A Imunodeficiência Comum Variável (ICV) é uma síndrome de deficiência de anticorpos com patogênese heterogênea, na maioria desconhecida. Frequentemente, está associada ao desenvolvimento de bronquiectasias ao longo do tempo sendo que, cerca de 50% dos pacientes com ICV têm complicações não infecciosas secundárias como linfoproliferação benigna, doenças autoimunes e inflamatórias, neoplasias, que contribuem para maior morbidade e mortalidade. Estudos recentes mostram que a via PD-1/PD-L1 pode ter importância na resposta humoral, principalmente durante a sinalização entre linfócitos TFH e linfócitos B, sendo que, quando alterada, pode levar a diminuição das células plasmáticas de vida longa e produção de anticorpos. Hipotetizamos que a expressão de PD-1 e seu ligante PD-L1 nas diferentes subpopulações de LB de pacientes com ICV e apenas infecções sem outras complicações (ICV-S/C) está alterada, interferindo na maturação dos plasmoblastos (PBL), que estão diminuídos nesses pacientes. Objetivos: avaliar a expressão destas moléculas nas subpopulações de LB dos pacientes com ICVS/C, buscando correlacionar com as diferentes manifestações clínicas e imunológicas relacionadas à doença. Pacientes e Métodos: Foram coletadas amostras de sangue periférico de 69 pacientes portadores de ICV, sendo 14 deles ICV-S/C e 55 ICV com complicações não-infecciosas (ICVC/C), além de 24 controles saudáveis. Avaliamos a expressão de PD-1 e PD-L1 nas diferentes subpopulações de LB por citometria de fluxo. Resultados: Pacientes ICV-S/C e ICV-C/C apresentaram frequência aumentada de linfócitos B transicional e de LB naïve quando comparados aos controles e frequência diminuída de LB de memória sem troca de isotipo e também de plasmoblastos. Ao avaliarmos os LB totais e de memória com troca de classe dos pacientes ICV, observamos uma diminuição significativa destes subtipos celulares quando avaliados de forma geral, no entanto, quando subdividimos os pacientes de acordo com o fenótipo clínico, percebemos que há diminuição significativa de linfócitos B totais apenas dos pacientes com complicações. Ao compararmos a frequência das subpopulações de LB nos pacientes ICV-S/C com os pacientes ICVC/C observamos que não há diferenças significativas entre eles. Avaliando a expressão de PD-1, identificamos que essa molécula está reduzida nos LB totais dos pacientes com ICV e quando subdividimos entre pacientes sem complicações e com complicações, essa diferença se mantém apenas no grupo ICV-C/C. Nos subgrupos de LB apenas nos LB transicionais encontramos diferenças significativas da expressão de PD-1 comparada aos CTRL, estando aumentada em ambos os grupos de pacientes com ICV. Entre os subgrupos de ICV, ICV-S/C apresenta aumento da expressão de PD-1 nos LB de memória sem troca. A frequência de PD-L1 também apresentou alterações importantes, estando aumentada nos grupos ICV-S/C e CTRL em comparação aos ICVC/C em LB totais, e também apresentou frequência menor nos pacientes ICV-C/C em relação aos controles nos LB naïve. Conclusões: A expressão de PD-1 e PD-L1 ocorre de maneira divergente entre os grupos de pacientes ICV-S/C, ICV-C/C e controles sugerindo que trata-se de perfis diferentes de pacientes, o que nos mostra a necessidade de esforços contínuos para entender como essa via se comporta na biologia e diferenciação das células B para a melhor compreensão da sua função na ICV |