Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Poliana Silva de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22134/tde-05102018-193329/
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Resumo: |
Esta dissertação parte da problemática da desarticulação entre as equipes de atenção básica e as equipes do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) com relação às crianças e adolescentes que necessitam de cuidados em saúde mental. Utiliza o Apoio Matricial (AM) como um dispositivo para desencadear processos de análise coletiva entre profissionais de saúde do campo da Atenção à Saúde Mental para Crianças e Adolescentes (SMCA) e aproximar os serviços de atenção primária e secundária. O objetivo geral deste estudo foi experienciar o Apoio Matricial em Saúde Mental com equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF) em relação à saúde mental de crianças e adolescentes, segundo o referencial da Análise Institucional. Um dos objetivos específicos foi promover a discussão sobre o cuidado em saúde mental para esta população em articulação com o CAPS. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, apoiada nos conceitos da Socioclínica Institucional. A produção de dados ocorreu por meio de encontros de reflexão com trabalhadores de duas equipes da ESF e do CAPS de um município de pequeno porte do interior do Estado de São Paulo. Ao todo, participaram da pesquisa 18 profissionais, sendo distribuídos em dois grupos: A (8 participantes) e B (10 participantes), ambos com a participação de um profissional do CAPS. Foram realizados seis encontros de reflexão com o grupo A e cinco com o grupo B. Os encontros foram gravados em mídia digital e transcritos na íntegra. Além disso, a pesquisadora também realizou anotações em diário de campo. O material produzido foi analisado a partir dos princípios da Socioclínica Institucional e os resultados apresentados de acordo com os mesmos: análise da encomenda e das demandas; participação dos sujeitos no dispositivo; trabalho dos analisadores; análise das transformações que ocorrem à medida que o trabalho avança; aplicação de modalidades de restituição; intenção da produção de conhecimentos; atenção aos contextos e às interferências institucionais e trabalho das implicações primárias e secundárias, sendo também considerada a conexão existente entre eles. Dessa forma, apresentamos como resultado e discussão as reflexões realizadas com os profissionais participantes do dispositivo AM acerca do cuidado voltado à SMCA em suas áreas de abrangência, atentando para a problematização sobre o conceito de saúde mental e a identificação do cuidado pautado por diagnósticos psiquiátricos; solicitação da presença de psicólogos na ESF para suprir a demanda de usuários que têm algum tipo de sofrimento mental; o uso das tecnologias leves, como a escuta e os atravessamentos da divisão do trabalho, moldando o entendimento de que a prática de escutar é apenas trabalho do psicólogo; a pouca articulação entre as equipes da ESF e do CAPS com interferência de outros estabelecimentos na condução da coordenação do cuidado intersticial das crianças e adolescentes e, por fim, as relações estabelecidas entre a pesquisadora e o grupo, propiciando algumas transformações durante a pesquisa. Ressalta-se que as reflexões ocorridas promoveram a análise da prática realizada pela articulação dos trabalhadores com vistas à construção de um conhecimento coletivo. Essas considerações contribuem para processos e estudos acerca do Apoio Matricial em SMCA. |