Cooperativas agropecuárias e relações intersetoriais na economia paranaense: uma análise de insumo-produto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2000
Autor(a) principal: Rodrigues, Rossana Lott
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-20200111-150837/
Resumo: Esta pesquisa define o setor Cooperativa na economia do Paraná e, relativamente ao setor Agropecuária e a Indústria Alimentar, desagrega as matrizes de insumo-produto construídas para o Estado em setor (es) Cooperativa e não-Cooperativa. As matrizes regionais foram estimadas a partir das matrizes de insumo-produto nacionais de 1980, 1985, 1990 e 1995, utilizando o método do quociente locacional. O objetivo da pesquisa foi caracterizar, de forma sistémica, o perfil das relações intersetoriais, detectar os setores-chave, verificar a evolução econômica da estrutura produtiva paranaense e mensurar os impactos da variação na demanda final sobre a produção, renda e emprego, destacando o (s) setor (es) Cooperativa. A análise usou, dentre outros, o método de índices de ligações de Rasmussen-Hirschman, o enfoque do campo de influência, os índices puros de ligações, a matriz de intensidade e os multiplicadores. Os resultados mostraram que: Celulose, Papel e Gráfica e Indústria Têxtil foram setores-chave na economia estadual; a demanda por insumos para o processamento industrial no Paraná concentrou-se, basicamente, nos setores vinculados às cooperativas, a exemplo da Indústria do Café, Abate de Animais, Laticínios e Fabricação de Óleos Vegetais; a importância na economia estadual deslocou-se dos setores alimentares, em 1980, para outros setores da indústria de transformação e do ramo serviços em 1995; o desenvolvimento da estrutura produtiva paranaense revelou maior diversificação industrial, crescimento menos desigual e maior integração entre os setores e, como conseqüência, o incremento da complexidade da economia. Com a união das atividades desenvolvidas pelas cooperativas agropecuárias no setor Cooperativa, verificou-se que este passou a ser chave nos anos em tela, impactando de forma crescente a economia do Estado, permitindo, além de maior integração setorial, a redução das diferenças entre os setores, com melhor distribuição das ligações para frente e para trás. Para os setores vinculados às cooperativas e não-cooperativas, os resultados indicaram que as respostas da produção e da renda a aumentos na demanda final são maiores nos setores ligados às cooperativas. Constatou-se que, diante de aumentos na demanda final, o setor Cooperativa gera mais empregos relativamente ao não-Cooperativa para todos os anos analisados. Finalmente, além da aceitação da hipótese formulada neste estudo, conclui-se que, ao longo do período estudado, os coeficientes técnicos das cooperativas agropecuárias foram bastante similares aos das empresas não-cooperativas que atuam no setor Agropecuária e na Indústria Alimentar, revelando que as cooperativas estão acompanhando de perto a evolução tecnológica ocorrida nesses setores.