Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Gulin, Francine Sanchez |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-25062024-101010/
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Resumo: |
A sepse, principal causa de morte por infecções, constitui um desafio significativo na saúde global. A busca por estratégias mais eficientes no diagnóstico e no manejo da sepse destaca a importância dos biomarcadores como ferramentas complementares aos métodos clínicos atuais. Este é um estudo de coorte prospectivo que teve como objetivo comparar os níveis plasmáticos de quimiocinas, citocinas pró e anti-inflamatórias, fatores de crescimento, metaloproteinases de matriz (MMPs) e os inibidores teciduais de metaloproteinases de matriz (TIMPs) de pacientes infectados versus não infectados; com qSOFA positivo versus qSOFA negativo e com SOFA positivo versus SOFA negativo fora da Unidade de Terapia Intensiva. Foi realizado nas enfermarias de clínica médica e cirúrgica de um hospital de ensino e grande porte do estado de São Paulo. Os pacientes elegíveis eram adultos, com 18 anos ou mais, de ambos os sexos, com internação mínima de 24 horas e com presença de infecção diagnosticada pelo médico. Pacientes em cuidados paliativos, com alterações neurológicas, escores qSOFA ou SOFA positivos na inclusão, diagnosticados com sepse ou em estado de choque na admissão foram excluídos do estudo. A coleta incluiu dados demográficos e clínicos e as pontuações dos escores SIRS, qSOFA e SOFA foram calculadas diariamente. As amostras de sangue, destinadas à quantificação dos biomarcadores, foram coletadas na inclusão do paciente e em cada ocorrência de escores qSOFA e SOFA positivos. Os escores clínicos qSOFA e SOFA foram avaliados até alcançarem pontuação positiva ou até o desfecho do paciente, fosse alta ou óbito. Formou-se um grupo controle com 30 indivíduos saudáveis. Nesse grupo, foram coletadas informações demográficas e amostras de sangue. Os mediadores imunológicos foram dosados utilizando ensaios Luminex® de múltiplos analitos. As análises estatísticas foram realizadas no software Graphpad Prisma, com intervalos de confiança de 95% e p-valor <0,05. Participaram 152 pacientes, a maioria do sexo masculino, média de idade de 52 anos. A maior prevalência de infecções foi em feridas cirúrgicas, afetando 34 (22,4%) pacientes. Dos 129 pacientes com, ao menos, um escore clínico positivo, dez (8%) tiveram qSOFA positivo e SOFA negativo, enquanto 23 (18%) apresentaram SOFA positivo e qSOFA negativo, evidenciando que, em 23 casos, o qSOFA não identificou a sepse. As dosagens dos marcadores imunológicos não foram realizadas em todos os participantes: 60 no grupo infectado na admissão, 27 com qSOFA positivo, 43 com SOFA positivo, dez no grupo controle, sete com qSOFA positivo/SOFA negativo e 23 com SOFA positivo/qSOFA negativo. As citocinas Eotaxina, FGF basic, IFNγ, IL-1β, IL-1ra, IL-2, IL-4, IL-5, IL-6, IL-7, IL-8, IL-9, IL-12, IL-13, IL-15, IL-17, IP-10, MCP1, MIP-1a, MIP-1b, PDGF-bb, RANTES, TNF-α, além das MMP-9 e MMP-2, mostraram capacidade discriminatória e significância estatística na identificação de infecção. Citocinas como G-CSF, IFN-γ, IL-1ra, IL-5, IL-6, IL-8, IL-9, MIP-1a e MIP-1b foram eficazes em identificar, desde a admissão, pacientes que evoluíram para sepse (SOFA positivo) dos que não evoluíram. Nenhuma citocina detectou o momento em que o escore SOFA se tornou positivo. As MMP-9, MMP-2 e as TIMP1, -2, -3, -4 não se mostraram eficazes na identificação de sepse. |