Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Lima, Leonardo Gonçalves de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8142/tde-17012025-102408/
|
Resumo: |
Este trabalho investiga a construção de uma memória ao estudar o Museu da Pessoa, museu digital que coleta, armazena e apresenta histórias de vida como objetos museológicos. A motivação desta pesquisa é a de compreender a extensão do próprio nome do museu e a que realidade se refere a palavra \"pessoa\" na composição desse nome. Dessa pergunta, informada inicialmente pela noção de memória coletiva de Halbwachs (2003), formula-se a hipótese de que a pessoa que contribui para a construção de uma memória no museu tem a sua própria memória determinada pela memória coletiva. Para o estudo, é eleita como fundamentação teórica a Análise do Discurso francesa, consideradas as contribuições pontuais advindas da Análise Dialógica do Discurso e da Teoria da Enunciação (tanto na visão benvenistiana, quanto, sobretudo, na de Authier-Revuz). Da hipótese assim constituída, define-se o objetivo geral da pesquisa: investigar qual a noção de \"pessoa\" referida no próprio nome do museu. A metodologia parte da consideração do material analisado como contraponto a partir do qual a teoria é posta em ação nas análises. Portanto, para atender ao objetivo de investigar a noção de \"pessoa\" presente no Museu da Pessoa, partimos de uma leitura do material que, informada pela teoria, busca desemaranhar a noção de pessoa por meio de regularidades que, provenientes do material, se articulem com o tipo e a concepção do museu - por exemplo, sua natureza digital e a interação particular proposta com os visitantes - e com a história de sua formação, particularmente sua relação com a disciplina de história. Os resultados marcam a produtividade da relação entre lembrança/deslembrança, presente nas histórias de vida e na construção da noção de pessoa. As categorias linguístico-discursivas, que a metodologia faz erigir das próprias histórias, mostram que, ao lado do conhecimento manifesto de uma memória, outra dimensão social, histórica e ideológica, não (abertamente) manifesta, constitui a pessoa a que se tem acesso nas histórias de vida do Museu da Pessoa |