Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Freire, Caio de Castro e |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/81/81133/tde-28042014-201013/
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Resumo: |
Explicar e argumentar, por serem fundamentais na produção, comunicação e avaliação de conhecimentos científicos, podem auxiliar o processo de alfabetização científica, mas pouco se discute o preparo dos professores para contemplar essa meta, o que constituiu a primeira motivação deste estudo. A segunda motivação decorreu da polêmica, presente na literatura, sobre como caracterizar e diferenciar argumentações e explicações. Dessa forma, o objetivo foi investigar: \"como ocorre a construção e defesa de explicações por professores de biologia durante uma oficina de formação continuada destinada à resolução de um problema de ecologia?\". O primeiro passo necessário para a coleta de dados foi a elaboração de uma sequência didática que estabelecesse o problema ecológico. Os sujeitos de pesquisa totalizam 100 professores de biologia pertencentes a duas Diretorias de Ensino do Estado de São Paulo, e as situações investigadas constituem duas oficinas de formação continuada, uma para cada diretoria (com duração de duas horas), nas quais a sequência didática foi aplicada. As oficinas foram filmadas e as falas dos professores e dos formadores transcritas. A análise dos dados envolveu: i) o mapeamento de episódios, ii) a identificação das práticas discursivas dos professores e iii) a categorização de situações explicativas e/ou argumentativas envolvendo essas práticas. Analisar as explicações e argumentações como processos e não como produtos ajudou a esclarecer algumas diferenças e semelhanças entre essas práticas e entender quais aspectos podem influenciar seu uso em sala de aula, ao mesmo tempo que ter trabalhado com professores auxiliou pensar nas demandas formativas desses profissionais para lidar com propostas diferenciadas para o ensino de ciências. Explicações e argumentações adequadas e suficientes do ponto de vista científico não surgiram espontaneamente, mesmo se tratando de professores, e o suporte estabelecido pelo texto da sequência didática e pelos mediadores da atividade foi importante para aumentar a complexidade do discurso dos participantes. Houve dificuldades iniciais com a proposição de explicações na forma de deduções ou hipóteses testáveis e fundamentadas cientificamente, e ao final da atividade dificuldades menores foram observadas com relação à proposição de argumentos apoiados em dados científicos. Assim, o desenvolvimento de explicações mais complexas e consequentemente de uma melhor compreensão sobre o fenômeno ecológico abordado deve ter favorecido a argumentação dos professores. Os resultados apontam que esforços direcionados para ampliar os modos de abordar a argumentação no contexto escolar e focados na figura do professor representam iniciativas relevantes para a área avançar e precisam ser estimulados. |