Distribuição espacial, efeito do manejo da palha pós-colheita e da aplicação de Beauveria bassiana (Balsamo) Vuillemin (Hypocreales: Cordycipitaceae) na ocorrência de Sphenophorus levis Vaurie, 1978 (Coleoptera: Curculion

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Canassa, Fernanda
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
IPM
MIP
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-12032015-153838/
Resumo: O Brasil é o maior produtor de cana-de-açúcar (Saccharum officinarum L.) do mundo e a cultura continua em expansão na safra 2014/15. A expansão das áreas de plantio de cana-de-açúcar e o sistema de colheita mecanizada de cana crua tem levado ao aumento proporcional de inúmeras pragas da cultura, destacando-se o bicudo da cana, Sphenophorus levis, considerado praga primária e limitante da cultura. Inicialmente, essa espécie foi considerada restrita a região de Piracicaba, mas desde 2010 foi encontrada nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás. Suas larvas abrem galerias nos rizomas, causando danos diretos nos tecidos dos colmos, sobretudo nas épocas mais secas do ano, o que ocasiona a morte das touceiras, falhas na rebrota, além de promover danos indiretos, como o aumento do número de plantas invasoras que competem com a cultura. Os métodos químico, mecânico, cultural e biológico já foram testados até o momento, no entanto, o sucesso no seu controle ainda não foi obtido e a população dessa praga continua crescendo e se tornando mais constante nos canaviais pelo Brasil. Dessa forma, estudar estratégias para a melhoria do manejo de S. levis é fundamental para o estabelecimento de métodos de controle eficientes no contexto do MIP. Diante disso, objetivou-se com esse trabalho: 1) Determinar a distribuição espacial e a flutuação populacional de S. levis; 2) Testar o manejo da palha pós-colheita nas linhas de plantio na ocorrência de S. levis e; 3) Avaliar a eficácia da aplicação de Beauveria bassiana na população de S. levis. Em relação à flutuação populacional de S. levis foi observada uma elevação linear da última quinzena de outubro para a primeira de novembro, com queda subsequente e, aumento populacional maior à partir da última quinzena de dezembro. O pico populacional se deu no mês de março, seguido por uma rápida redução a partir de abril. A proporção de fêmeas foi similar a de machos em todos os tratamentos. Os dados sugerem que não houve efeito dos tratamentos na distribuição de adultos do bicudo. Os resultados da flutuação populacional, da distribuição de frequência e distribuição espacial se complementam, pois, em hipótese, a distribuição dos adultos está diretamente relacionada com a flutuação populacional, uma vez que em altas densidades a distribuição foi agregada. Além disso, as estratégias de afastamento da palha da linha de plantio não interferiram nos níveis de infestação de S. levis, quando comparado ao tratamento que não houve manejo da palha e, essa tática utilizada conjuntamente à aplicação de B. bassiana também não influenciou na densidade populacional de adultos de S. levis no período avaliado. Diante disso, concluiu-se que a distribuição de S. levis em cana-de-açúcar apresenta o padrão agregado em altas densidades populacionais; o manejo da palha entre as linhas de cana-de-açúcar não reduz a densidade populacional de S. levis em locais com elevado histórico de infestação e, são necessários mais estudos para ajustar a dose de B. bassiana adequada e eficaz no controle de S. levis.